Browsing by Issue Date, starting with "2025-06"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- Effects of physical exercise concomitant with chemotherapy on cardiac functionality of women with breast cancerPublication . Antunes, Pedro Miguel da Silva; Esteves, Maria Dulce Leal; Ascensão, António Alexandre Moreira Ribeiro de; Sampaio, Francisco Pedro Morais Dias de AlmeidaAnthracycline-containing chemotherapy is commonly used in the treatment of hematologic cancers and solid tumors, including breast cancer. Despite its wellrecognized clinical efficacy, the use of anthracyclines is limited by dose-dependent and cumulative cardiotoxic risk. Additionally, breast cancer treatment is often multimodal, which can further increase the cardiac damage. The cardiac toxicity poses significant challenges, influencing therapeutic decision-making and exacerbate patients’ morbidity and mortality. Longitudinal studies have shown that cardiovascular diseases are one of the leading causes of death among women with breast cancer. As a result, various international agencies, such as the American Society of Clinical Oncology and the European Society of Cardiology, emphasize the importance of implementing primary prevention interventions. Exercise training is an accessible and cost-effective intervention with well-documented benefits for overall health. Preclinical studies have shown promising results in mitigating the cardiotoxic impact of anthracyclines. However, whether this potential cardioprotective effect translates to humans is a question that remains to be clarified. The objectives of this thesis were to conduct a literature review on this topic (Study 1 and 2) and, as the core of this doctoral program, to design a single-center, randomized controlled trial with two arms (exercise group vs. usual care group) (Study 3). The main objective of this trial was to analyze the impact of a supervised exercise training program on established markers of cardiac toxicity (i.e., left ventricular ejection fraction, global longitudinal strain, and cardiac biomarkers) in women with breast cancer undergoing curative anthracycline-containing chemotherapy. Secondary objectives included analyzing the safety of exercise training and its effect on cardiorespiratory fitness, physical functionality, and health-related quality of life. The program consisted of three sessions per week of combined training (i.e., aerobic and resistance training) during each participant's chemotherapy length (approximately 5- months). Through the literature review, supported by a systematic review with metaanalysis of randomized controlled trials (Study 2), we found that evidence on the effect of physical exercise on established parameters of cardiac toxicity was limited, as only four eligible studies were identified. Most of these studies had significant limitations, including designs not specifically aimed at evaluating the efficacy of physical exercise on the parameters of interest, small sample sizes, short training programs, and brief followup periods. The results of the meta-analysis did not show a significant effect of exercise training compared to non-exercise. However, an exploratory analysis, which included studies with training programs consisting of at least 36 sessions (n=3), revealed a superior effect of exercise training on resting left ventricular ejection fraction. This suggests that the length of the exercise training programs might be associated with the effect of exercise training on cardiac function. The results of the randomized controlled trial demonstrated that exercise training did not significantly prevent the decline in established markers of cardiac toxicity compared to control (Study 4). However, it was found that exercising was safe—no serious adverse events were reported during the exercise training sessions—and it significantly prevented the decline in cardiorespiratory fitness, physical functionality, and health-related quality of life (Study 4 and 6). Additionally, we found that the response of cardiorespiratory fitness among participants randomized to the exercise group was heterogeneous, which justified the analysis of potential predictors through an exploratory study (Study 5). The results revealed that the parameters associated with the response in cardiorespiratory fitness to training were baseline body mass index and total aerobic training metabolic equivalent of task per hour (MET-hour). In summary, the results of this thesis suggest that adding exercise training to standard breast cancer care does not provide benefits on established markers of cardiac toxicity in women undergoing anthracycline-containing chemotherapy. However, the findings of experimental works indicate that implementing a supervised exercise training program during chemotherapy is safe and can be a viable and effective approach for improving cardiorespiratory fitness, preventing the decline in physical functionality and healthrelated quality of life in this challenging patient population. Additionally, our study suggests that the total energy expenditure of aerobic exercise (i.e., MET-hour) may be a predictor of cardiorespiratory response.
- Fatores de risco genético para adenomas hipofisários: Uma análise nacional, multicêntrica, genética e clínicaPublication . Gaspar, Leonor Isabel Mesquita ; Lemos, Manuel Carlos Loureiro de; Gonçalves, Catarina Inês Nunes PiresOs adenomas hipofisários representam, aproximadamente, 10-15% do total dos tumores intracranianos. A prevalência destes tumores foi estimada em 1:1000 na população geral, sendo mais frequentemente diagnosticados entre os 40-60 anos de idade. Estes tumores são monoclonais, tipicamente benignos e de crescimento lento, no entanto podem estar associados a um aumento da morbilidade e mortalidade através da sobreprodução hormonal e dos efeitos de massa resultantes da compressão das estruturas adjacentes ao tumor. Os tumores hipofisários mais frequentes são os prolactinomas, seguido pelos adenomas hipofisários não funcionantes. Os mecanismos subjacentes à tumorigénese hipofisária não são ainda totalmente conhecidos, pelo que uma melhor compreensão desta questão ajudará a gerir a doença. O aumento do risco associado a mutações em genes como o AIP, MEN1, CDKN1B e PRKAR1A, fornece evidências de uma predisposição genética para adenomas hipofisários familiares. A grande maioria dos adenomas hipofisários (cerca de 95%) ocorre num contexto esporádico e na ausência de predisposição genética conhecida. No entanto, três polimorfismos (rs2359536, rs10763170 e rs17083838) foram significativamente associados a adenomas hipofisários esporádicos na população Chinesa Han. O objetivo geral desta tese foi realizar um estudo de âmbito multicêntrico nacional, acerca dos fatores de risco genético para o desenvolvimento de adenomas hipofisários familiares e esporádicos, de forma a ampliar o conhecimento sobre a tumorigénese hipofisária. Numa primeira fase desta tese, foi construída uma base de dados com todas as variantes germinativas identificadas no gene AIP publicadas em casos esporádicos e familiares de adenomas hipofisários, até à data, a nível mundial. Nesta revisão, foram identificadas e avaliadas, ao nível da sua patogenicidade, um total de 158 mutações germinativas entre 562 doentes com adenomas hipofisários esporádicos ou familiares. Estas variantes estavam localizadas em toda a região codificadora e nas regiões de splicing do gene AIP. A patogenicidade de todas as variantes germinativas publicadas foi categorizada de acordo com os critérios da American College of Medical Genetic and Genomics (ACMG), utilizando todos os dados disponíveis. Do número total de doentes, 35,4% apresentavam variantes patogénicas e 24,0% apresentavam variantes provavelmente patogénicas. Na segunda fase desta tese foi determinada a frequência de mutações germinativas do gene AIP em doentes portugueses com macroadenomas hipofisários esporádicos de início precoce. Para isso, foi sequenciado o gene AIP em 218 doentes com macroadenomas hipofisários esporádicos diagnosticados antes dos 40 anos. Foram identificadas variantes raras em heterozigotia neste gene em 18 (8,3%) doentes. No entanto, apenas quatro (1,8%) doentes apresentavam variantes patogénicas. Estas variantes compreendiam duas mutações já conhecidas (p.Arg81* e p.Leu115Trpfs*41) e duas mutações novas (p.Ser53Thrfs*36, e p.Glu246*). Estes quatro doentes tinham sido diagnosticados com somatotrofinoma em idades compreendidas entre os 14 e os 25 anos. A frequência de variantes patogénicas no gene AIP em doentes com idade inferior a 30 anos foi de 3,4% e com idade inferior a 18 anos foi de 5%, respetivamente. A frequência de mutações no gene AIP nesta coorte de doentes portugueses foi inferior à de outros estudos. A identificação de novas variantes no gene AIP expande o espetro das causas genéticas dos adenomas hipofisários e pode ajudar a compreender o papel das mutações neste gene nos mecanismos moleculares subjacentes à tumorigénese hipofisária. A terceira fase desta tese consistiu em identificar mutações germinativas num conjunto específico de 29 genes, descritos na literatura como tendo mutações germinativas em doentes com adenomas hipofisários, numa coorte de doentes portugueses diagnosticados com adenomas hipofisários esporádicos de início precoce. Para isso, foi feita a sequenciação completa do exoma em 225 doentes com macroadenomas hipofisários esporádicos diagnosticados até aos 40 anos de idade. Foram identificadas 154 variantes raras em 25 dos 29 genes. Destas foram identificadas três variantes patogénicas e 13 variantes provavelmente patogénicas, nos genes AIP, CDH23, MEN1, MSH2, PMS2, SDHB, TP53 e VHL, em 7,1% dos doentes. Nos doentes diagnosticados com idades inferiores a 30 e 18 anos, a frequência de mutações foi de 9,0% e 12%, respectivamente. Esta é, até à data, a maior análise multigénica de doentes com macroadenomas hipofisários esporádicos de início jovem. Confirmámos que o AIP é o gene mais frequentemente envolvido, mas também descobrimos causas genéticas mais raras de adenomas hipofisários, incluindo a primeira confirmação independente de um papel do gene CDH23. Na última fase desta tese foi avaliada a associação de três polimorfismos comuns próximos dos genes NEBL (rs2359536), PCDH15 (rs10763170) e CDK8 (rs17083838) à suscetibilidade a adenomas hipofisários esporádicos na população portuguesa. Foram determinadas as frequências genotípicas e alélicas de 570 casos e 546 controlos. O alelo minor CDK8 rs17083838 (alelo A) foi significativamente associado a adenomas hipofisários esporádicos. As variantes NEBL rs2359536 e PCDH15 rs10763170 não foram associadas a risco geral para a doença, embora tenha sido observada uma associação significativa entre o alelo minor PCDH15 rs10763170 (alelo T) e somatotrofinomas. Estes resultados sugerem que a variante CDK8 rs17083838, e possivelmente a variante PCDH15 rs10763170, podem aumentar a suscetibilidade a adenomas hipofisários esporádicos na população portuguesa. Concluindo, diferentes estratégias foram desenvolvidas e implementadas, ao longo desta tese, de forma a determinar quais os fatores de risco genético mais associados ao desenvolvimento de adenomas hipofisários esporádicos e familiares. Estes resultados são importantes sob o ponto de vista científico não só para uma melhor compreensão do panorama genético dos adenomas hipofisários, como também abrem portas para novas estratégias de rastreio genético direcionadas, oferecendo conhecimentos fundamentais para a gestão personalizada dos macroadenomas hipofisários de início precoce.
- Os Efeitos do Treino da Condição Física em Contexto MilitarPublication . Coge, Manuel; Esteves, Maria Dulce Leal; Neiva, Henrique PereiraO campo de batalha moderno impõe tarefas quotidianas fisicamente exigentes, pelo que o condicionamento físico dos militares é um elemento crucial e o treino físico um dos elementos fundamentais da preparação de cadetes. Esta tese teve como objetivos caracterizar a composição corporal e os níveis de desempenho físico dos cadetes militares de Angola, bem como avaliar os efeitos de um programa de treino físico de 34 semanas na sua aptidão física. Foram analisadas variáveis de força muscular dos membros superiores e inferiores, aptidão cardiorrespiratória e a composição corporal de 90 cadetes da academia militar (48 homens e 42 mulheres), com idades entre 18 e 24 anos. Os valores do índice de massa corporal situaram-se dentro da faixa normal tanto para homens quanto para mulheres, assim como os níveis de gordura corporal. No entanto, o desempenho físico foi inferior nas mulheres, com valores mais baixos em indicadores como flexões, abdominais e o lançamento da bola medicinal. O salto com contramovimento, a corrida de 80 metros e a aptidão cardiorrespiratória também apresentaram resultados significativamente mais baixos entre as mulheres. Num seguinte estudo, foram analisados os efeitos de um programa de treino militar em 74 cadetes (40 homens e 37 mulheres), com idades entre os 18 e 26 anos. Os participantes foram sujeitos a um programa de treino de treino de força e de resistência por 34 semanas (realizado duas vezes por semana, 90 min/sessão). Antes e após o período de treino foi avaliada a força muscular dos membros superiores e inferiores, a aptidão cardiorrespiratória e a composição corporal. Os resultados obtidos mostram uma melhoria significativa em todas as variáveis avaliadas após o programa de treino. Os maiores efeitos foram notados na massa corporal, no salto com contramovimento, no lançamento de bola medicinal e nas flexões. Curiosamente, os homens apresentaram uma maior redução de massa corporal e maior melhoria no lançamento de bola medicinal, enquanto as mulheres mostraram uma maior redução de massa gorda. Estes resultados sublinham a necessidade de programas de treino físico específicos para melhorar a composição corporal e o condicionamento físico dos cadetes militares do ISTM, especialmente nas mulheres, que apresentaram valores mais baixos de massa livre de gordura, aptidão cardiorrespiratória e desempenho neuromuscular. A inclusão de protocolos de treino adaptados ao sexo poderá maximizar a eficácia do treino e otimizar o desempenho nas tarefas físicas de alta relevância militar. Embora o estudo tenha limitações, os resultados oferecem uma contribuição significativa para o desenvolvimento de estratégias de treino mais eficazes na preparação de cadetes militares em Angola.