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- Prescrição de exercício físico na obesidade infantilPublication . Silva, Mariana Rocha; Barata, José Luís Ribeiro ThemudoA obesidade trata-se de um crescente problema de Saúde Pública, que tem vindo a alcançar proporções epidémicas, sendo as crianças um grupo, particularmente, vulnerável a esta patologia, que é considerada a doença mais comum nesta faixa etária. Favorecendo este estado ponderal existem dois elementos chave, uma ingestão alimentar inadequada e baixos níveis de atividade física. Deste modo, uma vertente fulcral no tratamento desta patologia é a prática regular de atividade física, uma vez que esta é essencial para o controlo do peso. Torna-se, assim, importante compreender como se a pode e deve prescrever neste contexto. Objetivos: Rever a temática da prescrição de exercício físico na obesidade infantil; Abordar as recomendações para a prática de atividade física; Saber quais são os tipos de atividades e possíveis exercícios mais indicados para as crianças, particularmente para as com excesso de peso; Conhecer quais são os principais benefícios da atividade física regular, essencialmente neste grupo etário com esta patologia. Metodologia: Leitura e análise de artigos publicados acerca do tema, nos últimos 5 anos, na base de dados dos sites ebscohost.com e pubmed.com, em algumas organizações (Organização Mundial de Saúde, Direção Geral da Saúde, American College of Sports Medicine, European Childhood Obesity Group, Instituto Nacional de Saúde, World Obesity Federation, Federación Española de Medicina del Desporte e Associação de Empresas de Ginásios e Academias de Portugal) e instituições governamentais (Estados Unidos e Reino Unido). De forma a complementar a informação existente estendi a pesquisa para os últimos 10 anos.
- Hiperatividade no adultoPublication . Pacheco, Vânia Patrícia Coelho; Oliveira, Vítor Manuel Sainhas deA Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção é uma perturbação do desenvolvimento do Sistema Nervoso, que se caracteriza pela tríade clássica: défice da atenção, hiperatividade e impulsividade. Pode atingir o auge ou manifestar-se pela primeira vez no início da idade escolar. Durante muitos anos foi considerada uma doença estritamente infantil, que era superada na adolescência. Apesar do quadro clínico melhorar com o amadurecimento, os sinais sintomatológicos podem estender-se para a idade adulta, com impacto negativo na qualidade de vida e no quotidiano, nomeadamente a nível pessoal, familiar, social, afetivo, académico e ocupacional. Todavia, nos adultos continua a ser subdiagnosticada. É uma doença com etiologia multifatorial, sendo o resultado de uma complexa combinação de fatores genéticos, ambientais, culturais, sociais e alterações estruturais e funcionais. A hereditariedade é, no entanto, considerada a principal causa desta perturbação. Existem dois principais sistemas de classificação (o Manual Diagnóstico e Estatístico de Perturbações Mentais e a Classificação Internacional de Doenças) que apresentam os critérios diagnósticos que devem orientar a análise do comportamento de indivíduos com suspeita de Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção. Atualmente, não existe nenhum teste neuropsicológico específico para determinar a presença ou ausência da doença, o que ilustra a importância de um elevado índice de suspeição. O seu diagnóstico é tipicamente clínico e, em adultos, é sobretudo retrospetivo, dependendo da análise do comportamento na infância e de uma avaliação concreta do comportamento atual. Esta perturbação raramente surge isolada, sendo as comorbilidades frequentes. O tratamento deve ser multimodal. Contudo, a medicação é o cerne do tratamento, sendo os psicoestimulantes os fármacos de primeira linha. Sob o aspeto metodológico, desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica atualizada, baseada no levantamento de artigos da Pubmed, B-on, UpToDate, e Google Académico e em livros e revistas de referência da área da Psiquiatria, com o intuito de verificar de que forma a sintomatologia desta perturbação afeta as atividades diárias e a qualidade de vida dos seus portadores.
- Competência dos Estudantes de Medicina em Suporte Básico de Vida - estudo de retenção a médio e a longo prazoPublication . Martinho, Liliana Sofia Rodrigues; Tjeng, Ricardo; Patrão, Luis Manuel Ribau da Costa; Nunes, Célia Maria PintoIntrodução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo. A morte súbita é um dos principais problemas de saúde pública. A sobrevivência de muitas destas vítimas depende da reanimação cardiopulmonar e da desfibrilhação precoce. Assim, é importante sensibilizar e educar a população para a necessidade de saber reanimar. Os estudantes de medicina da Faculdade de Ciências da Saúde, têm no seu programa curricular a aquisição de competências em Suporte Básico de Vida e utilização do Desfibrilhador Automático Externo. Estudos reportam que há deterioração do grau de retenção destas competências com o decorrer do tempo. Esta dissertação pretende avaliar o grau de retenção da execução destas competências pelos estudantes de Medicina da Faculdade de Ciências da Saúde. Materiais e Métodos: Estudo observacional transversal. Os dados foram recolhidos com recurso à aplicação de um questionário e à avaliação do desempenho na simulação de situações de paragem cardiorrespiratória registado na grelha da American Heart Association. O processamento e análise dos dados foram efetuados com recurso ao software Statistical Package for Social Sciences versão 21.0® e ao Microsoft Excel®. Resultados: Dos 150 estudantes do 2º ao 6º anos (30 de cada ano curricular) que participaram no estudo, apenas 4 (2,7%) acertaram todas as etapas na avaliação prática. Tanto o conhecimento teórico quanto a capacidade de executar o Suporte Básico de Vida e usar o desfibrilhador declinaram com o decorrer do tempo. A diferença não foi significativa para os diferentes períodos de tempo (componente teórica p-value=0,279; componente prática p-value=0,331), sendo-o para os diferentes anos curriculares (componente teórica p-value=0,032; componente prática p-value=0,004). O 6º ano foi o que teve melhor desempenho tanto teórico quanto prático. Existe uma correlação positiva entre o conhecimento teórico e a capacidade de execução do algoritmo de Suporte Básico de Vida e uso do desfibrilhador. A perceção dos alunos em relação à capacidade de executar Suporte Básico de Vida e usar o desfibrilhador relaciona-se com o seu desempenho. Conclusões: O conhecimento e o desempenho de Suporte Básico de Vida e uso do desfibrilhador são escassos e decaem ao longo do tempo. A falta de treino destas competências leva não só ao esquecimento mas também à falta de confiança na capacidade de reanimar. Este estudo serve de incentivo à melhoria da qualidade de ensino do Suporte Básico de Vida e uso do desfibrilhador por parte da Faculdade de Ciências da Saúde, de modo a que os alunos possam desenvolver as competências adquiridas e melhorar o seu desempenho.
- O abuso de esteroides anabolizantes e perturbações psiquiátricasPublication . Matos, Joana Sofia Pinto de; Lemos, Manuel Carlos LoureiroIntrodução: Os esteroides anabolizantes (EA) foram desenvolvidos nos últimos 70 anos e são análogos sintéticos da testosterona com efeitos anabólicos e androgénicos. Os EA tornaram-se substâncias de abuso devido ao seu potencial para aumentar massa muscular, perder massa adiposa e melhorar o desempenho atlético. O uso de EA está associado a uma diversidade de efeitos adversos incluindo efeitos psiquiátricos. Objetivo: Verificar se o abuso de EA tem repercussões ao nível da incidência de transtornos psiquiátricos, por parte dos indivíduos abusadores. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica através do motor de busca PubMed. As publicações foram selecionadas de acordo com a relevância do seu conteúdo, tendo sido dada preferência aos artigos mais recentes. Foram ainda consultados livros de texto especializados e fontes de informação de sociedades científicas relevantes. Resultados: Os sintomas psiquiátricos associados ao abuso de EA incluem agressividade, psicose, perturbação obsessivo-compulsiva, perturbação de hiperatividade e défice de atenção e perturbações de personalidade. Os vários estudos analisados sugerem que os sintomas de mania e hipomania surgem durante a exposição aos EA, enquanto os sintomas depressivos ou distimia se apresentam nos períodos de suspensão do consumo. Os indivíduos que consomem EA têm maior tendência para consumirem outras substâncias, por conseguinte, apresentam maior risco de dependência. Alguns autores defendem que os indivíduos iniciam o consumo de EA porque têm sintomas de distúrbios alimentares e dismorfia muscular e ficam extremamente ansiosos quando cessam os consumos. Discussão: É necessário conhecer as consequências médicas do uso destas substâncias, identificar as lacunas do nosso conhecimento e apelar à atenção da comunidade médica para estes consumos por atletas amadores e recreativos, como um importante problema de saúde pública. Claramente, esta temática merece mais investigação quanto à sua prevalência, consequências médicas, mecanismos, prevenção e tratamento.
- Atividade física e sobrevivência em doentes com cancro da mamaPublication . Rodrigues, Margarida Ramos; Barata, José Luís Ribeiro Themudo; Coutinho, Filipe Alexandre FerreiraO cancro da mama é o tipo de neoplasia mais comum entre as mulheres (excetuando o cancro da pele não melanoma) e corresponde à segunda causa de morte por cancro, no sexo feminino. Em 2014, o cancro da mama representou 14% dos novos casos de cancro e correspondeu a 6.8% de todas as mortes por neoplasias. Em virtude da deteção mais precoce da doença e da maior eficácia do tratamento, as sobreviventes do cancro da mama encontram-se sob maior risco de recidivas e de outras doenças crónicas, deterioração da capacidade funcional e da qualidade de vida. Assim, é essencial identificar fatores modificáveis que reduzam o risco destas condições e melhorem o prognóstico, tal como a atividade física. Após a análise de 18 estudos que avaliaram o potencial efeito benéfico da atividade física ao nível do prognóstico de sobreviventes de cancro da mama, conclui-se que um estilo de vida ativo pode reduzir a mortalidade e o aparecimento de recidivas em até 50%. Atualmente, existem recomendações e orientações já publicadas acerca da prescrição de atividade física entre estas mulheres, embora não sejam consistentemente utilizadas na prática clínica. È essencial que sejam aplicadas e que a prática de atividade seja encarada como um elemento importante na recuperação e aumento da sobrevivência das doentes com cancro da mama. O principal objetivo deste trabalho consiste na revisão das evidências sobre as recomendações de atividade física existentes, dirigidas a sobreviventes de cancro da mama, após fundamentado o benefício que esta aparenta ter no prognóstico destas mulheres. Desta forma, não pretende ser um trabalho meramente descritivo, mas foi também realizado com o intuito de ser aplicado na prática clínica.
- Osteogénese Imperfeita – “Ossos de Cristal”Publication . Melo, Priscila da Câmara; Nunes, Jorge Fernando PonA Osteogénese Imperfeita é uma doença congénita rara, maioritariamente, hereditária do tecido conjuntivo, caracterizada principalmente pela fragilidade óssea, fraturas ao mínimo trauma, frequentemente acompanhada de escleróticas azuis, dentinogénese imperfeita, baixa estatura e hipoacusia. É a displasia esquelética genética mais comum e a sua prevalência é de 1: 10 000-20 000 nascimentos. Em Portugal, seriam de esperar cerca de 660 portadores, sendo que apenas cerca de uma centena estão diagnosticados e em seguimento. Em aproximadamente 90% dos casos, a doença resulta de mutações, autossómicas dominantes, nos genes – COL1A1 e COL1A2, que codificam as cadeias de colagénio tipo I. É classificada em diferentes tipos, podendo ser abordada sob uma perspetiva clínica e radiográfica com a classificação de Sillence, dividida em quatro tipos: Tipo I, é a forma mais leve da doença; Tipo II, a mais severa geralmente letal no período perinatal; Tipo III, designada forma deformativa progressiva mais severa não letal; O Tipo IV com fenótipo que varia entre o Tipo I e III; Ou numa classificação com maior peso genético na qual se encontram, atualmente, agrupados 15 subtipos entre os quais os autossómicos recessivos. A variabilidade clinica e funcional dessa doença requer uma abordagem multidisciplinar. Não existe cura para a Osteogénese Imperfeita, o tratamento assenta-se em três pilares fundamentais: a terapêutica médica, a cirurgia ortopédica e a reabilitação. Objetivos: Apresentar informações atuais sobre a Osteogénese Imperfeita, que por ser rara, pode ser de difícil reconhecimento para clínicos como médicos de família, sendo normalmente os primeiros a abordar esses doentes. Metodologia: Leitura e análise de artigos e livros publicados acerca do tema, nas bases de dados dos sites pubmed.com, medscape.com, uptoDate.com.
- Influência do sexo e do tipo de AVC nas intercorrências e tempo de internamento do doente jovem na ULS da GuardaPublication . Silva, Mariana Rafaela da Justa; Gama, Jorge Manuel dos Reis; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha VazIntrodução: A doença cérebro vascular é uma causa líder de mortalidade e uma das primeiras causas de incapacidade, constituindo um grave problema de saúde pública nos adultos jovens. A gestão efetiva dos dias de internamento, que é um dos maiores determinantes das despesas nestes doentes, poderá reduzir a hospitalização e o tempo de espera e melhorar a estrutura financeira do hospital. O objetivo deste estudo é avaliar a interação entre o sexo, o tipo de AVC, as intercorrências e os dias de internamento. Métodos: Procedeu-se à análise de 156 episódios de adultos com idade não superior a 65 anos que deram entrada na ULS da Guarda com o diagnóstico de AVC entre os anos de 2007 e 2011. Efetuou-se o tratamento estatístico dos dados com o programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) da IBM, versão 22. Resultados: Neste estudo, 75% dos episódios corresponderam a AVC isquémico e 25% a AVC hemorrágico. O sexo masculino foi significativamente mais afetado (72,40%), não havendo diferenças na idade de incidência por sexo e por tipo de AVC. A média geral dos dias de internamento foi de 14,37 dias (12,31 no AVC isquémico; 20,54 no AVC hemorrágico; 16,60 no sexo masculino; 11,12 no sexo feminino). Concluiu-se ainda que as intercorrências do aparelho urinário e respiratório neste grupo estão significativamente associadas ao tipo de AVC (a sua ocorrência é superior no AVC hemorrágico); mas não se encontraram associações significativas entre o sexo e o número/tipo de intercorrências. Discussão: As percentagens de AVC isquémicos e hemorrágicos encontradas estão de acordo com a literatura tanto em populações jovens como em populações de faixas etárias mais alargadas. Em relação ao sexo, o sexo masculino foi significativamente mais afetado, como acontece na literatura consultada. Não foi encontrada uma diferença estatisticamente significativa na idade de incidência dos dois tipos de AVC, o que não está de acordo com a literatura mais recente mas pode ser devido ao estudo se restringir a uma faixa etária mais jovem. Em relação aos dias de internamento encontraram-se resultados discrepantes da literatura que podem ser devidos a métodos de análise diferentes, localização urbana ou rural do estudo e inclusão ou exclusão de casos recorrentes.
- Metformina e Cancro: qual a relação?Publication . Freitas, Isabel Maria Dias Martins de; Lemos, Manuel Carlos LoureiroIntrodução: Milhões de pessoas são diagnosticadas com cancro, uma das principais causas de morte em todo o mundo e com grande impacto na qualidade de vida. A investigação constante nesta área é inquestionavelmente necessária de forma a descobrir métodos de prevenir, detetar e tratar esta doença. O papel da metformina, o antidiabético oral mais prescrito em todo o mundo no tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2 tem vindo a ser estudado por vários cientistas na prevenção e/ou cura de vários tipos de cancro. O objetivo deste trabalho foi analisar estudos que demonstrem evidência para uma relação entre a metformina e a prevenção/cura dos cancros mais incidentes em Portugal. Métodos: Foi realizada uma pesquisa, tendo como principal base de dados a “PubMed”, tendo sido excluídos todos os artigos em outros idiomas que não o Inglês ou Português e artigos sem relevância para o tema. A pesquisa foi completada por consulta de outras fontes. Resultados: A maioria dos estudos demonstrou um papel benéfico da metformina na prevenção/cura de múltiplas patologias oncológicas. Um número reduzido dos estudos não apresentou qualquer correlação entre este antidiabético oral e o cancro. Discussão/Conclusão: Após a análise dos vários estudos e embora nem todos sejam consensuais, concluiu-se que parece existir uma associação entre o uso de metformina e o cancro, fazendo deste, um potencial medicamente de futuro na área oncológica. Contudo algumas lacunas identificadas em estudos “in vitro” necessitam ser ultrapassadas de forma a clarificar o papel da metformina no cancro.
- A influência da glicémia no AVC do adulto jovem na ULS da Guarda (anos 2007-2011)Publication . Raimundo, Rúben Gonçalo Guerreiro; Gama, Jorge Manuel dos Reis; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha VazIntrodução: Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) nos adultos jovens (até 65 anos) são considerados uma patologia pouco comum e o seu diagnóstico etiológico constitui frequentemente um desafio clínico. A Diabetes Mellitus representa um fator de risco importante para o AVC nestes pacientes, no entanto não existem muitos estudos acerca da associação entre ambos. Este estudo teve como objetivo analisar a influência da glicémia na evolução do AVC do doente jovem no distrito da Guarda, entre os anos de 2007 e 2011. Métodos: Neste estudo retrospetivo, analisaram-se 156 processos de AVC isquémico e hemorrágico em adultos jovens (até aos 65 anos). A análise estatística foi realizada no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) da IBM, versão 22.0. Resultados: Foi possível verificar que 75% dos casos correspondem a AVC isquémico e 25% a AVC hemorrágico. O sexo masculino foi o mais afetado (72%) e a média de idades do total dos pacientes foi de 55,67±8,10 anos. No que diz respeito à Diabetes Mellitus, 69% dos pacientes não estavam diagnosticados com esta patologia, enquanto que 5% tinha Diabetes Mellitus tipo I e 26% tipo II. De entre todos os pacientes diabéticos os homens são os mais afetados (71,4%). Não foi encontrada nenhuma interação significativa entre o sexo e tipo de AVC sobre os valores da glicémia à entrada do SU (p=0,659), e as médias da glicémia dos sexos não são significativamente diferentes quer para AVCI (p=0,577) quer para AVCH (p=0,456). A associação entre a presença de diabetes e o tipo de AVC é inexistente (p=0,693). No que diz respeito ao número de dias de internamento, os pacientes com AVCH passam mais tempo internados (p<0,001) em comparação com doentes que sofreram AVCI (20,54±13,576 dias versus 12,44±11,270 respetivamente). No entanto, a presença de Diabetes Mellitus não influencia o número de dias de internamento (p=0,337). Discussão: A percentagem de casos de AVC isquémico (75%) e hemorrágico (25%) assim como a maior tendência para a Diabetes Mellitus no sexo masculino, estão de acordo com outros estudos realizados em pacientes jovens em Portugal. Apesar de não haver indícios de uma associação entre a diabetes e o tipo de AVC, é importante referir que existem muitos fatores que influenciam estes resultados. No que diz respeito aos dias de internamento, não existe diferença entre as médias de dias de internamento nos pacientes diabéticos ou não diabéticos que sofrerem AVCI. Esta informação não está de acordo com a literatura, que refere um aumento dos dias de internamento nos pacientes diabéticos que sofrerem AVCI. Conclusão: Este estudo não revela uma associação da glicémia à entrada na etiologia do AVC nem na sua evolução, porém é necessário efetuar mais estudos com uma amostra maior e com registos completos da glicémia à entrada no SU e o correto diagnóstico de Diabetes Mellitus dos doentes.
- Rotura da coifa dos rotadores: qual a melhor abordagem clínica?Publication . Silva, Luís Miguel Ramos Costa; Nunes, Jorge Fernando PonIntrodução: A coifa dos rotadores é composta por quatro músculos, nomeadamente: O subescapular; o supraespinhoso; o infraespinhoso; e o pequeno redondo. A coifa dos rotadores tem como função para além dos movimentos do ombro, a estabilização dinâmica da articulação gleno-humeral. As doenças musculo-esqueléticas (MSDs) pertencem às patologias mais incapacitantes nos adultos em idade ativa. A omalgia é a terceira causa mais comum de incapacidade musculo-esqueléticas seguida da lombalgia e cervicalgia, respetivamente. Objetivo: O objetivo deste trabalho é uma revisão sistemática mais atual sobre o tema, permitindo usar essa informação para ajudar no diagnóstico e terapêutica no contexto clínico atual e desenvolver com base na informação colhida, uma guideline de abordagem no caso de suspeita de rotura da coifa dos rotadores. Desenvolvimento: Tendo em conta esse objetivo, a metodologia passará pela pesquisa de artigos na PubMed com critério de seleção: língua portuguesa ou inglesa, o intervalo de tempo de publicação até 5 anos atrás, artigos de revisão. Este trabalho permitirá ter uma visão mais recente permitindo um diagnóstico precoce e assim um tratamento mais adequado. Conclusões: O conhecimento da fisiopatologia e da técnica relativa ao diagnóstico imagiológico e tratamento cirúrgico da síndrome do conflito subacromial e da doença da coifa dos rotadores sofreram uma evolução exponencial nos últimos anos, permitindo um melhor diagnóstico e um tratamento mais eficaz da patologia. Contudo, é evidente a controvérsia existente em torno da definição de síndrome do conflito subacromial, sua fisiopatologia e tratamento, dificultando a realização de estudos científicos, por falta de definição de critérios clínicos, imagiológicos e patológicos precisos e uniformes. Por outro lado, vários especialistas nesta patologia têm contribuido para a uniformização da abordagem destes doentes através da criação de algoritmos de diagnóstico bem como de critérios apropriados de utilização (AUC) que visam orientar a reparação cirurgica das roturas totais da coifa dos rotadores.
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