Departamento de Gestão e Economia
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Browsing Departamento de Gestão e Economia by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais::Gestão e Economia::Empreendedorismo e Criação de Empresas"
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- Empreendedorismo Feminino no Contexto Africano (Moçambique): Barreiras e DesafiosPublication . Albuquerque, Jaciara Lucimar Vasconcelos de; Franco, Mário José BaptistaO empreendedorismo feminino exerce um importante papel no desenvolvimento económico e na inserção da mulher no mercado de trabalho, devido à sua capacidade de gerar emprego. África apresenta uma das mais elevadas taxas de empreendedorismo do mundo e é o único continente em que as mulheres representam a maioria dos empreendedores. Todavia, as mulheres empresárias africanas são confrontadas por diversos fatores externos e intrínsicos que se configuram como barreiras e desafios que afetam negativamente, tanto a criação, sobrevivência e desempenho, quanto o sucesso e desenvolvimento dos seus negócios. Nesta perspectiva, este estudo tem como objetivo investigar as principais barreiras e desafios do empreendedorismo feminino no contexto de Moçambique. Esta investigação adotou uma abordagem qualitativa e exploratória cuja seleção da amostra foi por conveniência. Como técnica de obtenção de dados, foi usada a entrevista semi-estruturada aplicada, de forma online, junto de 19 empresárias moçambicanas que possuem negócio estabelecido e têm responsabilidades familiares. A análise e tratamento dos dados, obtidos através do conteúdo das entrevistas, foi efetuado por um procedimento sistematizado e sequenciado, cujos resultados apurados foram codificados e resumidos com a utilização do software NVivo 14. Com esta pesquisa foi possível identificar as seguintes temáticas relacionadas com as barreiras e desafios do empreendedorismo feminino: fatores externos (políticoeconómico, sócio-cultural e dinâmica familiar) e fatores intrínsicos (compentências empreededoras, com ênfase no nível de estudo, experiência profissional e características pessoais). Os resultados revelaram ainda que a ausência de instituições de apoio e centros de formação gratuitos, dificuldade em financiamento bancário, assim como o excesso de corrupção, impostos, burocracia, preconceito e discriminação são as maiores barreiras impostas ao empreendedorismo feminino em Moçambique. As evidências empíricas também indicaram que o nível de estudos, quer a escolaridade formal quer as formações profissionalizantes, bem como a falta de apoio e incentivo familiar, os papéis tradicionais da mulher e o excesso de responsabilidades para com suas famílias, são os maiores desafios enfrentados pelas mulheres empresárias, impactando negativamente no desempenho de seus negócios. Vale ressaltar que todas as dimensões no contexto da sociedade e da cultura moçambicana, abrangidas neste estudo, mostraram ter alguma influência no esteriótipo de género. Neste cenário, o assédio sexual e moral foi constatado como a maior barreira sócio-cultural enfrentada pelas empresárias, sendo que todas as mulheres revelaram ter sofrido alguma situação ou momento no qual foram assediadas. A partir deste estudo emergiram direcionamentos que podem ser considerados pelas autoridades e instituições competentes, destacando-se não somente a necessidade de criar políticas públicas, legislações, medidas estratégicas e instituições de apoio, mas principalmente aplicá-las no contexto real do empreendedorismo feminino em Moçambique. Com estas medidas, pretende-se compreender e reduzir os aspectos limitadores do desempenho e crescimento dos negócios das empresárias. Finalmente, este estudo apresenta várias contribuições teóricas e práticas, entre elas, destaca-se a sua originalidade, pois é uma das poucas pesquisas conhecidas que estudou esta temática sobre o empreendedorismo feminino no contexto de Moçambique, colmatando, portanto, esta lacuna na investigação. Neste estudo, propõe-se ainda um framework sobre os fatores contextuais que podem implicar barreiras e desafios ao empreendedorismo feminino e que fornece informações úteis para o governo e estudiosos nesta área.
- Fatores que influenciam a intenção empreendedora dos alunos universitários angolanosPublication . Almeida, Roberto Gonçalves Galopa; Madeira, Maria José AguilarO empreendedorismo tem sido reconhecido como um motor fundamental para o crescimento económico, a inovação e a geração de emprego, assumindo particular relevância em países em desenvolvimento como Angola. No contexto das instituições de ensino superior, compreender os fatores que moldam a intenção empreendedora dos estudantes torna-se essencial para a formulação de políticas educativas e estratégias de apoio ao desenvolvimento de competências empreendedoras. Este estudo tem como propósito analisar os fatores que influenciam a intenção empreendedora dos estudantes universitários em Angola, com foco nas instituições de ensino superior angolanas, localizadas na Província de Benguela. O objetivo central foi analisar o impacto da educação empreendedora, da autoeficácia empreendedora e dos antecedentes familiares empreendedores na formação da intenção de empreender. A investigação adotou uma abordagem quantitativa, com recurso a dados primários, recolhidos por questionário online aplicado através do Google Forms, tendo obtido 216 respostas válidas. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, correlação de Pearson e regressão linear múltipla, utilizando o software IBM SPSS Statistics (versão 30 para Windows), garantindo reprodutibilidade e transparência científica. Os resultados revelaram que a autoeficácia empreendedora constitui o fator mais determinante da intenção empreendedora dos estudantes, confirmando que níveis mais elevados de confiança pessoal se associam a uma maior predisposição para empreender. Em contrapartida, nem a educação empreendedora e nem os antecedentes familiares empreendedores apresentaram efeitos estatisticamente significativos. Entre as variáveis sociodemográficas de controlo, apenas o género feminino se destacou, evidenciando uma maior intenção empreendedora em comparação com os estudantes do sexo masculino. O modelo global mostrou um ajustamento robusto. Este estudo contribui para a compreensão do fenómeno do empreendedorismo no contexto angolano, ao mostrar a importância da autoeficácia como fator-chave na decisão de empreender, bem como ao sugerir que a educação empreendedora carece de maior aplicabilidade prática para gerar impacto efetivo. As implicações práticas apontam para a necessidade de reforçar a componente experiencial da educação empreendedora, fomentar programas de mentoria e contacto com empreendedores reais, e adotar políticas públicas que valorizem o papel da mulher e promovam o empreendedorismo juvenil. Do ponto de vista académico, a investigação acrescenta evidência empírica a um campo ainda pouco explorado em Angola.
- O Impacto da Responsabilidade Social Corporativa no Desempenho Inovador Empresarial: Um Estudo de Caso da TwintexPublication . Gonçalves, Catarina Ascensão; Madeira, Maria José AguilarEsta dissertação, desenvolvida no âmbito do Mestrado em Empreendedorismo e Criação de Empresas da Universidade da Beira Interior (UBI), tem como objetivo analisar de que forma as práticas de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) influenciam o Desempenho Inovador Empresarial, utilizando a empresa Twintex como estudo de caso. A investigação parte da crescente consciencialização em torno da RSC, que se tem vindo a afirmar como um elemento essencial para a competitividade e sustentabilidade das organizações. A investigação procura compreender de que modo as empresas podem conciliar objetivos económicos com compromissos sociais e ambientais, promovendo simultaneamente a inovação. Seguindo uma abordagem qualitativa, o estudo utiliza a aplicação de um guião de entrevista a oito colaboradores com funções relevantes no contexto da empresa, complementado pela análise de documentos internos e informação pública disponível. Os objetivos da investigação consistem em: (i) identificar as principais práticas de RSC desenvolvidas pela Twintex; (ii) examinar as práticas de inovação implementadas ao nível de produtos, processos e organização; (iii) explorar as perceções dos colaboradores acerca da relação entre RSC e inovação; e (iv) comparar os resultados empíricos com a literatura existente, de modo a identificar convergências e divergências. Os resultados obtidos evidenciam que a integração de práticas de RSC está associada ao reforço da capacidade de inovação, tanto em produtos e processos como na promoção de uma cultura organizacional orientada para a melhoria contínua. Conclui-se, assim, que a RSC, além de representar um compromisso ético, pode ser entendida como um motor de inovação e de competitividade empresarial, contribuindo para a sustentabilidade de longo prazo.
- Influência do tipo de financiamento e do apoio financeiro público no desempenho inovador das empresas portuguesasPublication . Salvado, Maria João Esteves; Madeira, Maria José AguilarPerante os desafios impostos pela dinâmica dos mercados globais, a inovação assumiu um papel fundamental na manutenção da competitividade das empresas, tornando-se fundamental que estas se diferenciem através de soluções inovadoras capazes de responder às necessidades de um mercado em constante transformação. Neste contexto, torna-se particularmente relevante compreender os fatores que influenciam o desempenho inovador das mesmas. Assim, a presente investigação tem como objetivo analisar a influência do tipo de financiamento e do apoio financeiro público no desempenho inovador das empresas portuguesas, recorrendo ao uso dos dados secundários recolhidos pelo Inquérito Comunitário à Inovação 2022 (CIS 2022- Community Innovation Survey), referentes às atividades de inovação desenvolvidas pelas empresas portuguesas no período de 2020 a 2022. Tendo por base a resposta de 13802 empresas, foram desenvolvidos dois modelos de regressão logística, um inicial e um final no qual foram incorporadas variáveis de controlo que se revelaram estatisticamente significativas tanto para a inovação de produto como para a inovação de processo. A análise dos dados obtidos evidenciou que o financiamento obtido através dos capitais próprios, do financiamento por dívida, do apoio financeiro público proveniente da administração central e do apoio financeiro público proveniente da União Europeia exercem um impacto significativo na introdução de inovações de produto e/ou de processo. Em contrapartida, o apoio financeiro público de origem local ou regional não apresentou evidências estatísticas suficientes que confirmem a sua eficácia no desempenho inovador das empresas portuguesas. Desta forma, a presente investigação contribui cientificamente ao fornecer evidência empírica que esclarece divergências existentes na literatura e reforça a relevância estratégica dos fatores em estudo na promoção da inovação em Portugal.
- Intenção empreendedora e desporto universitário: contexto portuguêsPublication . Duarte, Guilherme Campos; Dias, Cláudia Sofia Lourenço; Madeira, Maria José AguilarEsta dissertação desenvolve-se em dois estudos com o objetivo de compreender a intenção empreendedora no setor desportivo. O Estudo 1 consiste numa revisão sistemática da literatura, baseada em 34 artigos científicos, onde se identificam três grupos temáticos principais: fatores intrínsecos, contextuais e sociodemográficos. Os resultados destacam a relevância da autoeficácia, da motivação intrínseca, da educação empreendedora e da experiência desportiva como determinantes da intenção empreendedora. O Estudo 2 aprofunda a perspetiva qualitativa através de entrevistas a 15 estudantes universitários que praticam desporto no contexto universitário. Os dados revelam que o desporto universitário potencia o desenvolvimento de competências transversais, como a resiliência, a liderança e a gestão da pressão, que favorecem a intenção empreendedora. Paralelamente, identificam-se barreiras como a burocracia, o ensino excessivamente teórico e a desigualdade de género, que afetam a perceção de viabilidade de criar um negócio. A investigação demonstra que o desporto universitário funciona como um espaço formativo privilegiado para o empreendedorismo, sendo crucial integrar práticas educativas mais aplicadas e estratégias institucionais de apoio. Este estudo visa contribuir para a construção de políticas e programas que promovam o empreendedorismo entre estudantes do ensino superior ligados ao desporto.
- Plano de Negócios para a criação de uma Agência de Marketing Digital “HD Design”Publication . Dias, Herberth Machado; Madeira, Maria José AguilarNos últimos anos, o setor do marketing digital tem registado um crescimento expressivo, impulsionado pela digitalização acelerada da economia e pela crescente importância da presença online para a competitividade das empresas. Em particular, as Pequenas e Médias Empresas (PME) enfrentam dificuldades na adoção de estratégias digitais eficazes, sobretudo devido à escassez de recursos, competências internas limitadas e um mercado em constante evolução tecnológica, onde se destaca a integração da Inteligência Artificial (IA). Neste contexto, o presente projeto visa analisar a viabilidade de criação da HD Design, uma agência de marketing digital orientada por IA, no formato Business-to-Business (B2B), com enfoque no apoio à transformação digital das PME. A empresa pretende atuar principalmente nas sub-regiões da Beira Baixa e Beiras e Serra da Estrela. Prevêse adotar um modelo que alia a proximidade regional com a utilização de soluções integradas e personalizadas de marketing digital, sustentadas por tecnologias emergentes e uma abordagem estratégica centrada no cliente. A HD Design irá oferecer um conjunto de serviços adaptados ao grau de maturidade digital de cada empresa, atuando como parceira no planeamento, execução e acompanhamento contínuo das ações de comunicação e posicionamento digital. O modelo de negócio privilegia a flexibilidade, a capacitação dos clientes e a criação de valor sustentável. O estudo inclui uma análise setorial, do mercado-alvo e da envolvente externa, bem como a avaliação da viabilidade económica e financeira do projeto, concluindo que a criação da empresa apresenta forte potencial de atratividade, inovação e crescimento sustentado.
