Departamento de Ciências do Desporto
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Browsing Departamento de Ciências do Desporto by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais::Desporto"
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- Aplicação de um programa de atividade física como meio para desenvolver competências de cidadania em crianças desfavorecidas.Publication . Silva, Alexandre Pimentel da; O´Hara, Kelly de Lemos SerranoA prática de atividade física é um importante fator de desenvolvimento das crianças, tanto física como psicologica. Esse desenvolvimento deve começar o mais cedo possível, sendo ele, intra e interpessoal. Têm surgido diversos programas para que exista esse desenvolvimento positivo das crianças. Desses programas, destaca-se o programa de desenvolvimento da responsabilidade pessoal e social, proposto por Donald Hellison. Este programa, auxilia a formar do carácter de crianças e jovens de cariz problemático, ajudando-os a responsabilizarem-se pelo próprio futuro. Para dar suporte a esta investigação e ajudar no cumprimento dos objetivos, foram aplicados testes físicos (Testes de fitnessgram e flexiteste) e questionários (SAQ, PACS e Bar-On) a duas instituições, uma constituída pelo grupo de controlo (11 participantes) e a outra constituída pelo grupo de intervenção (11 participantes), com idades médias de 15 e 13 anos, respetivamente. Desta forma, foi possível conhecer as necessidades e aplicar o programa nestas instituições, recolhendo dados e verificando a validade do mesmo. Dos resultados obtidos, nas capacidades físicas e sociais, verificam-se melhorias nas valências abordadas, ainda que nem todas com significado estatístico (p<0.05).
- Aprendizagem do jogo no FutsalPublication . Santos, João Paulo Cruz; Travassos, Bruno Filipe RamaO presente estudo teve como objetivo melhorar a compreensão sobre o processo de aprendizagem no futsal com recurso aos JRC em diferentes estruturas de jogo (GR+3x3+GR e GR+4x4+GR). Com esse fim, duas equipas do escalão sub-11 treinaram durante 5 semanas, cada uma delas na estrutura pretendida, sendo que a avaliação foi realizada a partir de jogos entre ambas equipas nas duas estruturas referidas, mantendo o rácio espaço/jogador. Foram analisadas variáveis táticas (Largura, Profundidade, Área Ocupada, Rácio Profundidade/Largura (P/L) e Distância entre CG) e técnicas (número de Passes Conseguidos, Passes Errados, Perdas de Bola individuais, 1x1 com sucesso, 1x1 com insucesso e Remates) com o objetivo de comparar os efeitos da aprendizagem num desenho experimental pré, pós-teste. O tratamento estatístico dos resultados entre pré e pós-teste para cada estrutura de treino foi realizado com recurso às inferências baseadas na magnitude dos efeitos. Em relação aos aspetos táticos apenas a equipa que treinou na estrutura GR+4x4+GR apresentou melhorias significativas, evidenciando um aumento das variáveis Profundidade, Área Ocupada e Rácio P/L no jogo de GR+3x3+GR. Em relação aos aspetos técnicos ambas as equipas apresentaram melhorias significativas no passe e na finalização no jogo de GR+4x4+GR, com a equipa que treinou na estrutura GR+4x4+GR a apresentar um aumento de Passes Conseguidos, passes por posse e Remates, e com a equipa que treinou na estrutura de GR+3x3+GR a apresentar uma diminuição de Passes Errados, passes por posse e um aumento de Remates. O treino em GR+4x4+GR parece potenciar mais os aspetos táticos e o treino em GR+3x3+GR os aspetos técnicos.
- Aprendizagem no Futsal Efeitos da manipulação do espaço na aprendizagem do jogoPublication . Assunção, José Augusto Marques da Silva; Travassos, Bruno Filipe RamaO presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da manipulação do espaço na aprendizagem do jogo de futsal, nomeadamente ao nível das ações individuais. Para tal, recorreu-se á análise de diferentes variáveis técnicas para perceber se, e em que medida, a manipulação do espaço, ao longo de doze sessões de treino, promoveu alterações no comportamento dos jogadores aquando da realização de jogo formal. O estudo foi realizado em dois escalões etários (sub13 e sub15) de modo a identificar o efeito da manipulação de tarefa no processo de aprendizagem de jogadores de diferentes escalões etários. Cada equipa em análise foi dividida em dois grupos que realizaram em simultâneo o mesmo exercício. A um desses grupos foi manipulado o constrangimento espaço, tendo realizado todos os treinos em espaço reduzido. Todas as variáveis foram analisadas em jogo formal (5x5) num campo com as dimensões oficiais (40x20m) antes e após as doze sessões de treino. O tratamento estatístico foi realizado com recurso às inferências baseadas na magnitude dos efeitos. Os resultados sugerem que a manipulação do espaço ao longo de doze sessões de treino promove alterações nas capacidades técnicas dos jogadores. No entanto, as alterações foram diferentes quando comparámos o escalão sub 13 com o sub 15. Observou-se que a diminuição do espaço de jogo promoveu a diminuição do número de dribles e mudanças de direção no escalão sub 13, enquanto no escalão sub 15 verificou-se um aumento significativo do drible, bem como uma tendência, embora não significativa, na diminuição do passe.
- + ATIVO/APRENDER +Publication . Silva, Mónica Sofia Martins Tavares da; O´Hara, Kelly de Lemos SerranoA prática de atividade física apresenta benefícios no bem-estar físico, psicológico e social de qualquer pessoa. Simultaneamente, desenvolve a capacidade coordenativa e cognitiva de uma criança, tornando-se um contexto facilitar para as crianças aprenderem conhecimento. O objetivo do presente relatório de estágio é o de implementar e avaliar um programa multidimensional de atividade física em crianças em risco, +Ativo Aprender+, durante 6 meses. Diversas competências foram desenvolvidas ao longo da realização deste estágio, tais como, planeamento, estruturação, lecionação e controle das sessões. No campo experimental avaliamos o efeito do programa, +Ativo Aprender+, nas competências físicas, sociais e cognitivas dos participantes. Os resultados experimentais obtidos mostraram que houve melhorias significativas (p<0,05) ao nível de certas categorias inerentes as competências acima referidas. Em conclusão, o programas permite os participantes a conhecerem-se melhor, conseguindo identificar as suas capacidades, alcançar novos conhecimentos, fazendo com que os seus hábitos de vida e promoção de saúde mudassem despertando o interesse em querer saber mais, aprender mais, experimentar mais, discutir ideias e tomar decisões.
- Avaliação dos efeitos de um programa de exercício físico na aptidão física e na qualidade de vida de sobreviventes de cancro da mamaPublication . Antunes, Pedro Miguel da Silva; Esteves, Maria Dulce Leal; Moutinho, José Alberto FonsecaO cancro da mama é o tipo de cancro mais diagnosticado em mulheres, registando-se mais de 1.3 milhões de casos por ano a nível mundial. Nas últimas décadas, o tratamento do cancro da mama teve progressos substanciais, com consequente aumento do número de sobreviventes. Apesar dos resultados do tratamento serem maioritariamente positivos, há a considerar efeitos colaterais a nível físico e psicológico, comprometendo a capacidade e a funcionalidade diária destas pacientes. Os efeitos físicos incluem fadiga, diminuição da capacidade aeróbia, da força muscular, da amplitude do movimento, alteração da composição corporal, comprometendo inevitavelmente a qualidade de vida. Atualmente, existem evidências científicas que o exercício físico exerce um papel não farmacológico, efetivo na recuperação após cirurgia e tratamento na gestão dos sintomas associados à doença e ao tratamento. Baseada nesta hipótese, foi criado o programa piloto MAMA_MOVE. Esta investigação teve como objetivo principal avaliar os efeitos do treino combinado na aptidão física (AP) e na qualidade de vida em sobreviventes de cancro da mama (SCM). Neste estudo, onze doentes formaram o grupo intervenção, que participou no MAMA_MOVE, enquanto oito formaram o grupo de controlo. Após 16 semanas, foram verificadas, pelo GI, melhorias significativas (p <0.05) em todas as variáveis apresentadas. Estes resultados demostram que a o exercício físico exerce um papel determinante na melhoria da AP e da qualidade de vida em SCM. O MAMA_MOVE pretende ser um coadjuvante terapêutico eficaz na recuperação e melhoria da AP, da fadiga e da qualidade de vida. Este programa integra 3 sessões semanais de treino combinado, supervisionado, específico, orientado para mulheres SCM, com intensidade progressiva, decorrendo durante 4 meses na Universidade da Beira Interior. Ao longo do estudo foram realizadas 3 avaliações (inicial, decorridas 8 e 16 semanas), tendo sido medida indiretamente a força muscular dos membros inferiores pelo sit-stand test, a força de preensão por um dinamómetro manual, a capacidade aeróbia pelo protocolo de Blake modificado e a qualidade de vida pelo European Organisation for Research and Treatment Cancer Core Quality of Life Questionary C30.
- Caracterização do aquecimento no futebol. Estudo realizado com os treinadores, treinadores adjuntos e preparadores físicos das equipas profissionais de futebol da I e II Ligas da Federação Portuguesa de Futebol (época 2016/2017)Publication . Ribeiro, Paulo César da Cunha; Marinho, Daniel Almeida; Ferraz, Ricardo Manuel PiresNo futebol, consideramos todos os aspectos fundamentais na procura da melhoria do rendimento e da performance dos jogadores. Porém, e tendo em conta que o aquecimento é um momento integrante de todas as sessões de treino e em períodos fundamentais em contexto de jogo (antes e durante), entendemos que face às exigências cada vez maiores do futebol de elite, esse tema se constituía como fonte de preocupação na realização do nosso estudo. Deste modo, pretendemos caracterizar o aquecimento das equipas profissionais de futebol da I e II Ligas da Federação Portuguesa de Futebol (época 2016/2017), salientando a importância do aquecimento num jogador de futebol, perspetivar e organizar conhecimentos específicos acerca do aquecimento, perceber se o aquecimento e as suas interações estão relacionados com a performance do futebolista e perceber de que forma o aquecimento como processo de ensino-aprendizagem/treino-jogo pode promover a melhoria do desempenho do futebolista. Sendo assim, a amostra do nosso estudo é constituída por 7 treinadores e 9 treinadores adjuntos e/ou preparadores físicos de 9 clubes da I Liga Profissional de Futebol e por 7 treinadores e 7 treinadores adjuntos e/ou preparadores físicos de 7 clubes da II Liga Profissional de Futebol, bem como por 1 treinador e 1 treinador adjunto e/ou preparador físico da Federação Portuguesa de Futebol. Foi aplicado um inquérito validado de acordo com a metodologia de investigação a todos os treinadores e treinadores adjuntos e/ou preparadores físicos que foram informados sobre a forma como poderiam responder ao inquérito. Neste sentido, através da análise às respostas do inquérito por parte dos técnicos inquiridos, verificamos que os resultados obtidos nem sempre estavam de acordo com os estudos evidenciados na literatura feitos nesta área. O aquecimento, visto sob a perspectiva das componentes do rendimento tática, técnica, física e psicológica, apresentam valores de importância diferentes, isto é, os treinadores e treinadores adjuntos e/ou preparadores físicos em relação ao aquecimento valorizam mais a componente físico/fisiológica e psicológica comparativamente com a técnica e tática. No aquecimento, quanto à duração, não existe unanimidade. Esta unanimidade existe quando o aquecimento é visto sob a perspetiva dos exercícios aplicados, objetivos e importância antes do jogo de futebol. Existe uma padronização dos exercícios no aquecimento para todos os jogos, e para os jogadores suplentes quando saem do banco e vão para a zona de aquecimento. A maioria dos técnicos manda aquecer só os jogadores que poderão entrar no jogo. Existe ainda preocupação no aquecimento com a prevenção de lesões, condições climatéricas e com a forma como pode influenciar o rendimento da equipa nos minutos iniciais do jogo. Permanece a subvalorização do reaquecimento antes do início da 2ª parte, do aquecimento dos suplentes antes do jogo e intervalo, bem como na interação com a performance do futebolista da não utilização de meios auxiliares para controlar a intensidade dos exercícios e otimização do aquecimento.
- A competência aquática real e percebida de crianças de 6 a 10 anos em habilidades identificadas como relevantes na sobrevivência no meio aquáticoPublication . Frias, Alexandra Castro; Costa, Aldo Filipe Matos Moreira Carvalho da; Sousa, Nuno Domingos Garrido Nunes deINTRODUÇÃO: Crianças com mais experiência aquática parecem ser mais capazes de ajustar a sua perceção de competência aquática com a realidade (Moreno & Ruiz, 2008), pelo que poderá contribuir para a diminuição da ocorrência de riscos de acidentes aquáticos. No entanto, antes da idade de oito anos, a auto perceção da competência motora não é específica (Stallman et al., 2008). O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a competência aquática percebida e real em crianças com 6 a 10 anos de idade em habilidades identificadas como relevantes na sobrevivência no meio aquático. MÉTODOS: A amostra do estudo foi composta por 105 crianças (8.2±1.3 anos), recrutadas em escolas de natação portuguesas, e identificadas com um nível de competência aquática mínimo (~12,5 m de nado autónomo). As crianças foram divididas em dois grupos etários com semelhante experiência aquática (G1, 6-7 anos, n=53; G2, de 8 a 10 anos, n=52). Ambos os grupos foram avaliados na sua competência aquática em oito habilidades identificadas como relevantes na sobrevivência no meio aquático (Stallman et al., 2008) e nas seguintes condições: (i) com equipamento de nado comum (fato de banho e touca); (ii) com equipamento de nado comum e, adicionalmente, vestindo uma t-shirt. A perceção de competência aquática para as mesmas habilidades aquáticas foi avaliada através de um questionário-entrevista (com imagens). No tratamento dos dados recorreu-se ao índice de correlação linear de Pearson e ao teste T de Student para amostras emparelhadas e independentes, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Ambos os grupos apresentam diferenças significativas (p<0.01) na competência aquática real entre as duas condições de uso de equipamento (normal e adicionalmente com t-shirt). Porém a competência aquática percebida é similar entre ambos os grupos etários para todas as habilidades aquáticas avaliadas, exceto para o controlo da respiração durante a nado (p<0.05). A competência aquática percebida difere significativamente (p<0.001) da competência aquática real (em ambos os contextos de avaliação) apenas no G1. Ambos os grupos etários apresentam correlações modestas entre a competência aquática percebida e a real para todas as habilidades aquáticas avaliadas. CONCLUSÕES: A idade juntamente com a experiência aquática parece contribuir para uma perceção de competência aquática elevada em habilidades identificadas como relevantes na sobrevivência no meio aquático.
- O CrossFit no desenvolvimento da aptidão físicaPublication . Raposo, Solange Martins; Marques, Mário António CardosoEste estudo pretendeu analisar os efeitos do um programa de CrossFit sobre um conjunto de variáveis físicas tais como: força máxima superior e inferior, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, resistência muscular, resistência cardiorrespiratória, velocidade e agilidade; e alguns parâmetros relacionados com a saúde como a composição corporal, circunferência da cintura, frequência cardíaca tenção arterial e qualidade de vida. Neste estudo participaram 13 sujeitos, 5 do sexo feminino com idades compreendidas entre os 23 e os 38 anos (média = 29.13 ± 4.85 anos de idade) e 8 indivíduos do sexo masculino com idades compreendidas entre os 22 e os 37 anos (média= 28.00 ± 6.00 anos de idade). Os participantes, indivíduos treinados, foram sujeitos a um período de treino utilizando a metodologia de treino de Crossfit, com duração de 8 semanas e frequência semanal de 3 treinos. Os resultados obtidos evidenciaram que em 8 semanas de treino de CrossFit existiram diversas alterações físicas significativas. Assim, verificou-se uma melhoria nas variáveis de força máxima inferior, resistência cardiorrespiratória, velocidade, coordenação, agilidade, perímetro abdominal, flexibilidade, equilíbrio de ambos os membros inferiores, resistência muscular abdominal e superior, frequência cardíaca, tensão arterial diastólica, qualidade de vida e IMC. No entanto, a percentagem de massa gorda, a força máxima superior, peso, e tensão arterial sistólica não apresentaram diferenças estatísticas. Podemos assim concluir que o tempo de intervenção poderá não ser suficiente para produzir os efeitos necessários, ou então que a amostra seja demasiado reduzida, pois certos domínios, como a força máxima, não são esclarecedores, uma vez que a força máxima superior não se mostrou significativa e a inferior sim, ficando desta forma uma lacuna na medida em que se torna pouco esclarecedor se esta metodologia realmente é adequada para alguns objetivos dos indivíduos como aumento de força máxima. Contudo outros dados são esclarecedores. Interpreta-se que para quem pretende melhorar a sua mobilidade e tornar-se mais ágil este é um treino aconselhável até mesmo para questões como resistência à fadiga. Em conclusão, este pode ser um importante método na melhoraria da qualidade de vida podendo influenciar os movimentos usados na vida quotidiana. Mostrando-se uma metodologia complexa que melhora muitos indicadores para o estado físico e mental.
- O efeito de diferentes intensidades de aquecimento para o treino da força no supinoPublication . Almeida, Fernando Jorge Mateus; Neiva, Henrique Pereira; Marques, Mário António CardosoO aquecimento é usualmente considerado como uma parte integrante de qualquer plano de treino, visando a prevenção de lesões e preparação para a atividade física a ser realizada. O presente estudo pretendeu perceber efeito da utilização de diferentes intensidades de aquecimento para o treino da força no supino, avaliando as respostas mecânicas (velocidade média propulsiva, potência média propulsiva, perda de velocidade propulsiva e índice de esforço), e respostas fisiológicas (frequência cardíaca- FC) e psicofisiológicas (perceção subjetiva de esforço - PSE). Pretendeu-se assim comparar as alterações provocadas nestas variáveis com a realização de um aquecimento com 40% ou 80% da carga e sem a realização de qualquer tipo de aquecimento. Para isso, 25 indivíduos voluntários do sexo masculino entre os 18 e os 28 anos de idade (22.19 ± 1.67 anos de idade) fizeram parte de um grupo experimental. O protocolo utilizando intensidades leves de aquecimento, consistiu em seis repetições com 40% da carga a realizar no treino, o protocolo utilizando intensidades elevadas consistiu em seis repetições com 80% da carga a realizar no treino. A condição de controlo foi realizada sem qualquer aquecimento prévio. Após a condição de aquecimento realizada, cada indivíduo realizou o treino, constituído por 3 séries de 6 repetições com a carga de 80% 1RM. O aquecimento com cargas superiores originou valores máximos da velocidade e potência propulsiva 5.5% e 5.9% superiores à não realização de aquecimento, 3.9% e 4.4% superiores ao aquecimento com cargas leves, respetivamente. Por sua vez, o aquecimento realizado com cargas leves permitiu que os sujeitos desenvolvessem valores máximos de velocidade e de potência média propulsiva 4.3% e 4.1%, respetivamente, acima dos valores registados aquando da não realização de aquecimento. Quanto à frequência cardíaca e à perceção subjetiva de esforço os resultados não foram significativos. No entanto, a perceção do esforço parece tender a ser superior aquando da realização de aquecimento. Os resultados sugerem que a realização de aquecimento é importante para a maximização da manifestação da força, nos seus valores máximos. Para além disso, parecem sugerir que com intensidades de aquecimento superiores, os valores da velocidade e da potência propulsivas são também eles superiores.
- O efeito de diferentes programas de treino da força muscularPublication . Coruche, Armando José Feliciano; Neiva, Henrique PereiraEste estudo teve como principal objetivo perceber quais as repostas fisiológicas e mecânicas a diferentes esforços desenvolvidos durante 16 diferentes protocolos de treino da força (PTF) no exercício de supino, determinados pela velocidade da primeira repetição e da perda de velocidade ao longo da série, para intensidades relativas de 50%, 60%, 70% e 80% de 1RM. Foram avaliados 10 sujeitos masculinos, com 23.6 ± 3.5 anos de idade, 1.79 ± 0.07 m de altura e 81.0 ± 17.4 kg de massa corporal. Cada sujeito foi avaliado antes e após a aplicação de 16 PTF, através da determinação da carga correspondente à velocidade de 1m?s-1 (V1), e o valor de lactato sanguíneo. Durante o decorrer de cada PTF foram controladas as velocidades de execução na fase propulsiva do movimento de supino e avaliado o índice de esforço. Cada PTF foi limitado em termos de repetições realizadas pela perda de velocidade permitida ao longo da série (15%, 25%, 40% e 55%), utilizando cargas de 50%, 60%, 70% ou 80% de 1RM (determinado pela velocidade da primeira repetição). Cada PTF foi realizado depois de duas sessões de familiarização e com intervalo superior a 48 horas para recuperação completa dos sujeitos. Verificamos que, o número de repetições realizadas diminuíram com o aumento da carga realizada. Entre as diferentes percentagens de carga utilizadas, verificamos diferenças para a perda de velocidade de 15% F=39.14, p=0.005; 25% F=71.38, p=0.005; 40% F=63.83, P=0.005; 55% F=94.48, p=0.005. A perda de velocidade V1 entre o valor pré e pós sessão de treino demonstrou ser diferente para as cargas de 40% e 55% de 1RM (F=13.9, p=0.005 e F=12.24, p=0.005, respetivamente). Mais ainda, verificamos uma relação entre as concentrações de lactato sanguíneo e os indicadores mecânicos, nomeadamente com a velocidade em V1 (r = 0.95; p<0.01), com o índice de esforço (r=0.95, p<0.01) e com o número de repetições realizadas (r=0.85, p<0.01). Estes resultados indicam um aumento da fadiga mecânica e fisiológica à face ao aumento da percentagem de perda de velocidade na série perante a mesma intensidade relativa. As perdas de velocidade superiores na série indicam maior grau de fadiga, sendo que em intensidades relativas inferiores a fadiga foi superior, para a mesma perda de velocidade. O índice de esforço mostrou ser uma variável válida enquanto expressão do carater de esforço, demonstrando relação entre as variáveis V1 e lactato, que no presente estudo serviram para quantificar o grau de fadiga. Concluindo que tais resultados parecem indicar que se poderá utilizar a perda de velocidade para controlo e programação do treino, conhecendo assim a resposta em termos de fadiga através do aumento do índice de esforço e da concentração sanguínea de lactato.