Departamento de Comunicação e Artes
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- 168: Trabalho de ProjetoPublication . Moura, Mauro Santos; Lopes, Frederico Nuno VicenteActualmente, encontramo-nos numa sociedade que cada vez mais nos coloca à prova diariamente acerca do real valor da nossa formação bem como do nível dos nossos conhecimentos e aptidões. Encarei este trabalho com esse espírito e essa vontade, de mostrar que apesar das dificuldades ou dos contratempos que nos possam colocar no caminho do mesmo, se estivermos bem preparados e principalmente muito motivados, tudo é possível de acontecer. Não pretendo com este trabalho mostrar apenas todos os conhecimentos técnicos aprendidos ao longo dos anos mas também e principalmente alguns aspectos ao nível da narrativa, bem como das opções estéticas e de todos os pequenos pormenores que julgo serem esses que vão determinando as características e identidade de cada autor. Deste modo, o meu trabalho não pretende ser apenas um trabalho académico, mas também um alerta para a forma como uma pequena parte da nossa sociedade vive e como todos os outros os vêem viver essa mesma vida.
- O 21 da Rua da EsperançaPublication . Batista, Luís António Brito; Nogueira, Luís Carlos da CostaO cinema permite-nos sonhar, permite transportar-nos para tempos e espaços somente reservados à imaginação. O cinema induz o nosso sistema sensorial um conjunto de factores desencadeadores que nos remetem, por associação, para experiências vividas ou, muito facilmente, para campos que transcendem a própria imaginação. É esse o poder da imagem, do som, do cinema. Perante o desafio de criar uma obra cinematográfica na qual fosse tratado o tema da memória no cinema, foi pertinente encetar uma análise às duas dimensões em presença, o cinema enquanto registo do tempo, logo memória temporal e, por outro lado, as diversas formas possíveis de abordar o conceito da memória propriamente dita na película. Em primeiro lugar, foi importante realizar um reflexão sobre a memória em si e a forma de a abordar no cinema. A memória, enquanto capacidade humana em armazenar experiencias sensoriais diversas divide-se em dois tipos fundamentais, a de curto prazo e a de longo prazo. A memória de curto prazo tem o objectivo essencial de ajudar-nos a gerenciar a nossa realidade, o nosso quotidiano. A memória de longo prazo, que pode ser explicita ou implícita, é aquela a partir da qual é geralmente construído o sistema de valores e de competências, baseando-se no conjunto de coleções de experiências vivenciadas ou testemunhadas. As diferentes construções e modelos mentais possíveis à volta da memória podem levar a abordagens diversificadas do tema em cinema. Entre a desconstrução e complexidade da abordagem à memória e à mente humana de Christopher Nolan em “Memento” ou “Inception” à forma mais simples e convencional usada por Giuseppe Tornatore no seu “Cinema Paraíso”, existe um leque quase infinito de possibilidades. A memória pode ser tratada como tema em si, sendo o foco central da história ou, por outro lado, estar implícita no tratamento do fluxo narrativo, como recurso estilístico. Numa análise de género, o documentário pareceu ser o formato na base do registo da memória cinematográfico. Considerando que um documentário deve ou deveria consistir num registo de uma determinada realidade temporal, num testemunho de um lugar, de um tempo, a escolha deste género cinematográfico parecia óbvio como forma de tratar o tema proposto. No entanto, o gosto e a facilidade por inventar e contar estórias levou-nos na direção da ficção. Depois de uma primeira fase na qual não surgiam ideias de contos capazes de se encaixarem no tema da memória, surgiram algumas ideias que, depois de devidamente amadurecidas, foram transpostas para o papel. Dessas, uma foi selecionada a fim de ser desenvolvida e produzida. Todas as etapas dessa produção foram cumpridas e uma vez chegada a fase da montagem, chegou-se à conclusão que o projeto teria de ser abandonado por terem existidas algumas falhas técnicas durante a produção. Como existia um plano B, optou-se por avançar com esse como projeto final de mestrado. Por se ter perdido bastante tempo e recursos com a primeira proposta, a produção da segunda opção teria de ser leva a cabo num tempo limitado. O projeto ao qual foi dado o título “O 21 da Rua da Esperança” consiste num exercício no qual é trabalhado o tema da memória no cinema de uma forma que poderá ser considerada clássica. A narrativa centra-se numa fábula que se desenrola numa pequena aldeia do interior de Portugal onde vive um idoso que se debate com a solidão e uma criança, única na aldeia, cujo principal passatempo é chatear esse mesmo idoso. A criança serve aqui o propósito de ser o catalisador para o desencadear de memórias de infância no idoso, levando o mesmo a redescobrir o gosto pela vida e encetar, até, uma nova vida de tropelias. As memórias de infância são tratadas como sonhos, clássicos “flashback” cinematográficos. Procurou-se manter um paralelismo entre as ocorrências do presente e as memórias juvenis do idoso, sugerindo que umas tivessem desencadeado as outras. O resultado alcançado apresenta-se como uma curta-metragem fluída, com espaços melancólicos, acentuados por uma “durée” à escala de uma vida na terceira idade, intercalados com momentos de vivacidade impressos pela fugacidade da personagem juvenil.
- À Mesa da Vida. Comunidade e comensalidade em Michel HenryPublication . Rosa, José Maria SilvaUma das mais recentes propostas de leitura dos textos bíblicos, em especial dos evangelhos, a chamada teologia narrativa, apresenta a comunidade e a comensalidade como lugares privilegiados de revelação e de relação evangélicas. Foi à mesa, durante as refeições, que Jesus proferiu algumas das suas mais significativas palavras e teve gestos absolutamente reveladores da Vida superabundante em que vivia. Foi também à mesa que operou a inversão entre uma hospitalidade formal, exterior e protocolar, de um fariseu como Simão (Lc 7, 36-50), gestos sociais exangues da vida, e a hospitalidade vital e originária das lágrimas e dos perfumes de Maria Madalena, ajoelhada aos pés dessa mesma mesa. E foi ainda à mesa – será preciso recordá-lo? – no pathos da Última Ceia, que Jesus enlaçou num único e mesmo logos de vida quer a narrativa de uma comunidade escatológica quer as realidades vitais por excelência do pão e do vinho de todos os dias: «Tomai e comei todos…; tomai e bebei todos…; fazei isto em memória de mim». É para nós significativa a comum orientação (apesar de tudo o que as separa, pois não ignoramos as críticas de Michel Henry às pretensões da Teologia Filosófica) entre «Palavras de Cristo»; e «Encarnação. Para uma Filosofia da Carne», leu ele próprio ainda mais radicalmente os evangelhos, muito em particular o evangelho de São João. M. Henry vê aí, 'in actu exercito', por antecipação e em abundância, o cumprimento da inversão da Filosofia tradicional, na sua matriz fenomenológica grega e husserliana.
- À sombra de Nietzsche. Uma reflexão sobre as ‘Culturas em Movimento’Publication . Rosa, José Maria SilvaÀ primeira vista, parece difícil conjugar em simultâneo as noções de Cultura e de Movimento. Com efeito, o sentido clássico de Cultura, na demanda de um critério determinante daquilo que merece e deve ser cultivado (desde os agri da agricultura até às letras do espírito, passando por tudo o que, no entremeio, que implicava a puericultura), acaba por introduzir um critério absoluto, não-cultural, seja ele natural seja divino (dimensões que amiúde se equivalem como no estoicismo) a fim de fundar o juízo de valor subjacente à definição de tudo o que se considera ser Cultura.
- O “a-fazer” da verdade como desafio ético em AristótelesPublication . Amaral, AntónioNo campo humano do prático [τὸ πρακτόν], não se trata apenas de “aprender a fazer uma acção”, mas também de que aprendemos fazendo [ποιοῦντες μανθάνομεν], no suposto de que o fazer [τò ποιεῖν] constitui a mediação privilegiada pela qual e na qual o agir [τò πράττειν] atesta e manifesta por si mesmo uma narrativa prévia e refractária a qualquer discurso sobre isso. Desde a emergência individual da disposição ética até à manufactura comum da decisão política, Aristóteles revela em que medida o agir diz-me naquilo que faço e me faço…
- A-teísmo, anti-teísmo e hiper-teísmo: antecedentes gregos na trilogia “Apolo-Orfeu-Dioniso”Publication . Amaral, AntónioQuando falamos de «religião» no contexto da cultura grega, importa precaver-nos de indesejáveis contaminações interpretativas. Desde logo, aquilo que o homem grego pressente e assume experienciadamente como crença religiosa não coincide exactamente com aquela ideia de fides que, a partir do influxo cristão da cultura medieval, se sedimentou lexicalmente como fé. Apesar de tudo, ou talvez por isso mesmo, não há, na cultura grega, fenómenos que possamos apodar de anti-religiosos. Poderá haver, e há sem dúvida, formas de mimese, transferência e substituição de procedimentos religiosos por sucedâneos mais ou menos plausíveis e convincentes. Poderá também haver, e há, um espectro matizado de atitudes aparentemente desfiguradoras do religioso, desde o mais ostensivo e interesseiro pragmatismo até à mais oportunista superstição. Desta feita, credulidade e incredulidade, fascínio e temor, respeito escrupuloso pelos deuses e livre iniciativa não apenas para deles dispor, mas também para os satirizar e caricaturar, para os miniaturizar e aprisionar no arriscado jogo de espelhos dos interesses humanos, não anulam mas amplificam o horizonte grego da experiência religiosa.
- Acácia Maria Thiele: Territórios interditos no femininoPublication . Herberto, LuísAcácia Thiele é provavelmente uma dos artistas contemporâneas portuguesas, cujo trabalho é definitivamente mais provocativo, dada a natureza crua e explícita da exploração da própria nudez. Estruturado em referências que exploram linguagens visuais do erótico, o seu trabalho é no entanto eficaz nas questões de género que enuncia nos territórios interditos em que se move.
- Ação e Situação: Interseção da Dramaturgia e da Fenomenologia Existencial de Jean-Paul SartrePublication . Martins, Vanessa Mendes; Nascimento, André BarataA investigação a desenvolver pretende tomar a dramaturgia de Sartre como objeto de experimentação fenomenológica, ligando a espacialidade e a intersubjetividade, numa expressão de relacionamentos que modele uma teoria sartriana da ação. O objetivo é, pois, relacionar o problema da alteridade com o teatro de situações, procurando neste uma resposta àquele problema. Na relação primordial entre o outro e o sujeito — relação de objetividade — impõe-se o problema do olhar, numa consciência irrefletida, existindo enquanto objeto para outro. É sobre esta consciência, assim como sobre as reações que dela advêm, que nos queremos debruçar, procurando solucionar este problema do ser-com-o-outro através do teatro de situações, partindo da exterioridade perante si mesmo enquanto ator. Com o mise en situation, o teatro confere uma nova relevância aos conceitos de espacialidade e de alteridade, num relacionamento de não objetivação entre ator e espectador, que salvaguarda, por isso, o eu e a sua subjetividade. Pretendemos encontrar em Sartre uma compreensão da ação quer através da sua fenomenologia quer através da dramaturgia, compreendendo a forma como se intersecionam e complementam, sobretudo nas ligações entre espacialidade e temporalidade, assim como nos jogos de liberdade entre sujeitos, na sua estrutura teatral da liberdade. Assim, propomonos interpretar no quadro de uma prática da hermenêutica, o texto literário de Sartre, relacionando-o com o filosófico, porque acreditamos que o teatro de situações fornece uma nova compreensão dos relacionamentos intersubjetivos e da sua problemática.
- Acho que o Flora está com Frio!?Publication . Belo, Tatiana Raquel Amaral; Simó Cachorro, ÁguedaPara a criação deste projeto, um álbum ilustrado infantil, com faixa etária dos três aos sete anos, mostra-se fundamental uma abordagem temática à ilustração no geral, à ilustração nas obras para a infância, e às aplicações do design gráfico na ilustração. A investigação elucida-nos para a evolução da ilustração no geral que, ao longo da mudança dos séculos, evolui de um mero atributo decorativo do texto para alcançar uma posição de igual importância ao mesmo, e a ilustração considerada infantil deixa de lado a sua função totalmente pedagógica e de proliferação de fé e morais para mostrar novos mundos, como a arte e a ciência. No que toca ao design gráfico, apesar de bastante recente em comparação às temáticas anteriores, mostra-se revolucionário na educação do design nas escolas à volta do globo, e também com bastante diversidade, partilhando fundamentos com a ilustração. Para criar um livro infantil, esta área tem que ser considerada, uma vez que a ilustração precisa do design gráfico para sobreviver, e essa consideração tem que ser realizada de forma a conseguir alcançar o melhor resultado possível. No final, este estudo também nos leva à simbiose entre a ilustração e o design gráfico, que ligação existe entre eles, que passa bastante pelas origens que compartilham, das primeiras pinturas rupestres ou dos pergaminhos antigos até à invenção e evolução da imprensa e o seu estado atual, uma vez que a ilustração de livros infantis não vive bem sem o design. Conseguimos verificar, com base num estudo de livros ilustrados selecionados, como se encontra o mercado português em relação a este tipo de obras, estrangeiras ou de autoria portuguesa, que constitui um forte crescimento para o mundo das obras literárias ( apesar de a ilustração, ao invés do design gráfico e da literatura, ainda não permitir conseguir ser, no geral, uma profissão primária), e onde os exemplos analisados mostram tipos diferentes de livros ilustrados, indo de um álbum ilustrado narrativo (as linguagens escrita e visual têm uma relação equilibrada e harmoniosa) a um livro ilustrado (em que a linguagem escrita é mais predominante à visual), acompanhados com imagens das páginas que os constituem. Para finalizar, e já na parte prática deste relatório, vemos o comprido processo que levou ao objeto final, o álbum ilustrado: sabemos que veio da necessidade de desenvolver novas capacidades e de um interesse pelas áreas, e que o que inicialmente era para serem duas histórias, em sentidos opostos, passou a ser uma história e a seleção de algumas das ilustrações dessa mesma narrativa, mas em forma de desenho para colorir, sendo que estas continuam a assumir o sentido oposto à narrativa, como na ideia inicial. As personagens ganharam protagonismo diferente com a mudança para uma só história, mas a adaptação a tal foi relativamente fácil.
- AgrestePublication . Magalhães, Carlos Filipe Lopes; Nogueira, Luís Carlos da CostaQuando inserido numa narrativa cinematográfica convencional, o fora-de-campo é uma ferramenta imprescindível. Este permite-nos, em géneros predominantes como o thriller ou o filme de terror, despertar emoções de curiosidade ou medo no espectador, com recurso não ao que está na tela, mas sim ao que é omitido pela câmara. A sua utilização na maioria dos filmes inseridos nos géneros acima referidos, apesar de eficaz e de estabelecer uma ponte emocional e psicológica entre o espectador e os seus desejos ou medos mais profundos, não deixa de ser um lugar-comum. O recurso ao fora-de-campo é tão padronizado no cinema comercial que o espectador mais perspicaz não tem dificuldade em antever, por exemplo, um jump-scare num filme de terror. ! O fora-de-campo, apesar de ser uma ferramenta cinematográfica poderosa, é apenas utilizado como tal: uma ferramenta de auxílio, um meio para um fim, e não como uma forma de fazer cinema. Porém, surge a questão: tendo em conta a natureza indirecta e “não-visual” do fora-decampo, será que este tem força motriz suficiente para transportar todo um “corpo” narrativo, ou uma temática através de um filme? Se analisarmos o conceito de “cinema” de forma algo simplista, deduzimos que é uma arte que na sua maioria, em termos visuais, não deixa muito à imaginação do espectador. A representação fotográfica (não-abstracta) de um objecto define esse mesmo objecto para todo o espectador, tendo em conta a existência de um grau de familiaridade entre o espectador e esse mesmo objecto representado no enquadramento. [...]