FCS - DCM | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento
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- Benefícios terapêuticos do humorPublication . Vidal, Carlos Alexandre Machado de Lemos; Borges, Luís Filipe; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução: A palavra “humor” surgiu no passado, derivada da “Teoria Humoral” de Hipócrates, pai da Medicina (1,2). O humor e o riso são, desde a antiguidade, temas fracturantes. Devido à sua importância, complexidade e relevância histórica, o riso foi abordado em diferentes áreas por diversos pensadores e escritores, como Umberto Eco (3). O grande inspirador e pioneiro nos benefícios terapêuticos do humor, foi Norman Cousins (4). Esta dissertação centra-se nestes benefícios provocados pelo humor e pelo riso, no sistema endócrino, tegumentar, reprodutor e cardiovascular. Os estudos foram realizados em indivíduos saudáveis e com patologia: eczema atópico, diabetes mellitus tipo 2 e infertilidade. Pretende-se uma revisão sistemática para avaliar cientificamente, os benefícios terapêuticos do humor. Métodos: Foram pesquisadas publicações indexadas nas bases electrónicas científicas, Pubmed, B-On, Elsevier, ScienceDirect. Das 218 publicações identificadas, foram seleccionadas 10 para análise. Resultados: Doentes com eczema atópico mostraram significativa diminuição da produção de IgE pelas células B seminais cultivadas com espermatozóides e a expressão de galectina-3 nos espermatozóides foi reduzida. Os níveis de peptídeo derivado da dermicidina aumentaram sem afectar os níveis de proteína total no suor. Em mães saudáveis e com EA, os níveis de melatonina no leite materno aumentaram e as reacções alérgicas ao latéx e a ácaros diminuíram nas crianças alimentadas com leite materno após ambas as mães se rirem antes da amamentação. Doentes com diabetes mellitus tipo 2 tiveram uma diminuição do nível de pró-renina no sangue e uma regulação crescente do gene receptor da pró-renina, assim como uma supressão do aumento da glucose sanguínea pós-prandial 2 horas após a refeição. Em doentes inférteis, verificou-se que a taxa de gravidez aumentou. Em indivíduos saudáveis, houve um maior gasto de energia e um aumento da frequência cardíaca existindo uma correlação entre eles e deles com a duração do riso. Verificou-se também um aumento dos valores da capacidade de eliminação de radicais livres na saliva. Há um aumento da pressão arterial, da vasodilatação da artéria braquial mediada por fluxo induzido por isquémia, da complacência da artéria carótida apesar de voltar ao estado basal após 24 horas. Observou-se em idosos que o fluxo salivar aumentou e em jovens os níveis de CgA diminuiram. Conclusão: Este estudo leva-nos a supor que o humor e o riso apresentam benefícios terapêuticos em indivíduos saudáveis e com patologia, nomeadamente eczema atópico, diabetes mellitus tipo 2 e infertilidade, demonstrando a abrangência de efeitos benéficos nos sistemas endócrino, tegumentar, reprodutor e cardiovascular.
- Casuística da Esclerose Múltipla no Centro Hospitalar Cova da Beira entre os anos de 2005 e 2015Publication . Alcantara, Hilário dos Ramos Quaresma; Rosado, Maria Luiza ConstanteIntrodução: A Esclerose Múltipla é um dos distúrbios neurológicos mais comuns. Em muitos países é a principal causa de incapacidade não traumática em adultos jovens. Trata-se de uma doença autoimune do Sistema Nervoso Central, caraterizada por inflamação crónica, desmielinização, gliose e perda neuronal. É aproximadamente três vezes mais comum em indivíduos do sexo feminino em relação aos do sexo masculino. A idade no início da doença tipicamente situa-se entre os 20 e os 40 anos. No entanto, em cerca de 10 % dos casos, esta ocorre antes dos 18 anos e numa pequena percentagem antes dos 10 anos. Quando a esclerose múltipla surge depois dos 50 anos, é denominada esclerose múltipla de início tardio, ocorrendo em cerca de 5% da população Metodologia: foi feito um estudo observacional transversal usando a base de dados iMed® do Centro Hospitalar Cova da Beira. Resultados: a amostra é composta de 108 doentes, sendo que 77 são do sexo feminino e 31 do sexo masculino, com idade compreendida entre os 19 e os 82 anos, e com média situada nos 48,35 anos. Encontrou-se uma maior prevalência da doença no sexo feminino com uma relação mulher/homem de 2,48:1. A média da idade aquando do início da doença é ligeiramente superior no sexo masculino (36,18) em relação ao feminino (33,97). Estas não são significativamente diferentes (p=0,354). Os sintomas inaugurais mais prevalentes nesta população são os distúrbios motores (40,7%) e visuais (33,3%). Quanto ao curso da doença 70,4% dos nossos doentes possuem EMSR, 14,8% EMSP, 6,5% EMPP e 1,9% EMPR. A Expanded Disability Status Scale nesta população tem valores compreendidos entre 0 e 9 com média de 2,091. Doentes que tiveram um curso progressivo inaugural têm a média da idade no início da doença significativamente superior (p=0,00215) aos que não tiveram. Embora 9 dos nossos doentes tiveram esclerose múltipla de inicio tardio, apenas 2 tiveram progressão de início. Conclusão: conclui-se que as características da nossa população e as variáveis em estudo não são muito diferentes daquelas observadas em estudos internacionais. A exceção a essa generalização é a maior frequência de esclerose múltipla de início tardio em comparação com outros estudos internacionais.
- Chronotherapy of Brain Diseases: Assessment of the Circadian Rhythms of Efflux Transporters at the Blood-cerebrospinal Fluid BarrierPublication . Furtado, André Filipe Lino ; Paixão, Telma Alexandra Quintela; Santos, Cecília Reis Alves; Gallardo Alba, Maria EugéniaThe choroid plexus (CP) is an integral part of the blood cerebrospinal-fluid barrier (BCSFB). The CP is formed by a monolayer of cuboidal epithelial cells united by tight junctions. On the apical side, these cells present microvilli and are in contact with the cerebrospinal fluid (CSF). On the basal membrane, these cells are surrounded by a vast network of capillary blood vessels. The CP is responsible for several functions that are vital to the homeostasis of the central nervous system (CNS) where we include the production of the CSF, synthesis of several proteins, CNS protection against foreign elements, CSF detoxification from noxious compounds that result from normal cell metabolism and the transport of multiple molecules across the BCSFB. The CP has an essential role on the transport across the BCSFB of therapeutic molecules targeting the CNS. For that, it expresses multiple membrane transporters that have been described in the literature as essential for the transport of therapeutic compounds across CNS biological barriers. Recently, a functional molecular clock was described in the CP. This means that the biological functions of this structure might have a circadian rhythmicity associated. There's the possibility that this circadian clock influences membrane transporters' expression and activity at the CP which would result in circadian changes of the bioavailability of therapeutic compounds in the CNS depending on the time of administration. As such, the main goal of this doctoral thesis was to analyse the influence of circadian rhythms on the expression of multiple membrane transporters on the CP. Additionally, we used therapeutic compounds, namely methotrexate (MTX) and donepezil (DNPZ) to assess the relation between the CP's membrane transporters circadian expression and their drug transport function across the BCSFB. One of the objectives of this project, as mentioned earlier, was to assess the circadian expression of multiple CP’s membrane transporters. For that, CP primary cell cultures of neonate rats were used. We concluded that rSlc9a1 and rSlc1a5 expression was rhythmic during a 24-hour period while rSlc47a1 did not reveal a circadian pattern. This work also aimed at disclosing the influence of sex on the daily expression oscillations of several ABC and SLC membrane transporters expressed by the CP. For this we used CPs from male, female, ovariectomized and sham-operated female rats. The results showed that the membrane transporter rAbcc1 is expressed in a circadian manner in the CP of male rats, while rAbcg2 presented circadian rhythmic expression in the CP of female rats. Both rAbcc4 and rOat3 were rhythmically expressed in the CP of male and female rats. Next, we used an in vitro model of the CP in order to evaluate the relevance of Abcc4’s circadian expression in the transport of MTX across the BCSFB. We demonstrated that MTX transport across the BCSFB was rhythmic. Besides, we also concluded that Abcc4 circadian expression might influence the MTX circadian transport across the BCSFB. Finally, this project also aimed to describe the impact of circadian rhythms on CP Abcg2 expression and also on the circadian transport profile of DNPZ across the BCSFB. Using CP primary cell cultures of neonate rats, we demonstrated the presence of rAbcg2 circadian expression. Next, using primary cell cultures, an in vitro model of the BCSFB was established and we discovered that DNPZ transport across the BCSFB presents circadian rhythmicity. Furthermore, it was also proposed that besides rABCG2, SLC22A4 could also be involved in the DNPZ circadian transport across the BCSFB. The results obtained in this project demonstrate that membrane transporters present circadian expression in the BCSFB. Moreover, the transport of therapeutic compounds, such as MTX and DNPZ, across the BCSFB is also influenced by the circadian rhythm of CP membrane transporters. In the future, it is essential to further exploit the role of circadian rhythms on the expression of membrane transporters at the CP and its influence on the transport of therapeutic compounds across the BCSFB. This information might prove vital in the treatment of CNS diseases. By timing drug administration with the period when they are more prone to reach the target tissue at the CNS, we are ensuring their maximum target tissue concentration, and a reduction in side effects.
- Ciências Farmacêuticas: Aprendizagem em ambiente profissionalPublication . Gaiolas, Carla Sofia Cardona Jorge; Granadeiro, Luiza Augusta Tereza Gil BreitenfeldO plano de estudos do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (MICF) contempla dois tipos de estágio em ambiente profissional: os estágios observacionais nas áreas de farmácia comunitária, hospitalar e análises clinicas e os estágios profissionais ativos em farmácia hospitalar e comunitária. Os estágios observacionais, não menos importantes que os ativos, permitiram além de um primeiro contato com a realidade profissional, o despertar os sentidos para o trabalho ativo e a aplicação de todos os conhecimentos que iria adquirir ao longo dos anos de estudo. Por outro lado, o estagio em ambiente profissional teve como objetivo o culminar e principalmente integrar os conhecimentos técnico-científicos adquiridos em ambiente académico com o ambiente profissional. O estágio ativo em farmácia comunitária decorreu na Farmácia Diamantino no Fundão, com duração de 480h (12 semanas) e em farmácia hospitalar, no Hospital Sousa Martins, na Guarda, com a duração de 320h (8 semanas). Do trabalho desenvolvido nos estágios acima referidos, resultaram os relatórios incluídos neste documento dividido em 2 capítulos, sendo o primeiro referente ao relatório do estágio em farmácia comunitária e o segundo referente ao estágio decorrente no Hospital. Não posso deixar de salientar os seguintes aspetos que me parecem pertinentes evidenciar e que advêm da experiencia vivida e sentida ao longo destas 20 semanas: No decorrer do estágio senti algumas lacunas na minha formação, que pretendo referir não como uma crítica, mas algo passível de melhorar para os anos que vêm, nomeadamente ao nível da legislação, ao nível da gestão, tanto hospitalar como comunitária (compras, gestão de recursos, etc) e ainda aprofundar conhecimentos ao nível de vacinas (Plano Nacional de Vacinação, indicações a grupos específicos, etc), medicamentos biológicos e Nutrição assistida (entérica e parentérica). No entanto, ao longo destas 20 semanas constatei que no geral estava bem preparada para o trabalho que desenvolvi, respondendo bem aos desafios que me foram surgindo, sem grande dificuldade e com conhecimento e rigor técnico e científico adquirido. Considero que as competências que adquiri nestes estágios vieram complementar a experiencia adquirida anteriormente na área da investigação e às quais me foram conferidas equivalências (mestrado e doutoramento).
- Depressão pós-AVCPublication . Freitas, Miriam Selma Telo; Leitão, Carlos Manuel de Moura MartinsDistúrbios do humor, nomeadamente a depressão, são a complicação psiquiátrica mais comummente observada após acidentes vasculares cerebrais. Uma recente meta-análise e uma revisão sistemática feita por Luis Ayerbe et al identificaram uma incidência cumulativa de depressão de 52% nos primeiros cinco anos após o acidente vascular cerebral.(1) Uma revisão sistemática anterior, publicada em 2005, identificou uma incidência de 33% com um pico de incidência nos primeiros seis meses.(2) Apesar destes valores elevados, vários estudos demonstram que a depressão pós-acidente vascular cerebral é diagnosticada em apenas 10% dos casos. A depressão tem sido descrita como fator com impacto importante no processo de reabilitação funcional e cognitiva do doente pós-acidente vascular cerebral. Esta, quando não diagnosticada ou tratada, está associada à redução da participação ativa do doente no seu processo de reabilitação, diminuição da qualidade de vida e aumento da mortalidade, com consequente incremento económico para o sistema nacional de saúde. Esta revisão bibliográfica pretende analisar de forma crítica as publicações e estudos efetuados sobre a depressão pós-acidente vascular cerebral, tendo em especial atenção o contexto multifatorial no qual a depressão surge e identificar e analisar as hipóteses etiológicas estudadas até à data que apontam para uma correlação bidirecional entre os eventos vasculares e a depressão.
- Factores de risco associados a doença cerebrovascular aguda em adultos JovensPublication . Rabadão, Tiago Emanuel Loureiro da Silva; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deAs DCV são a principal causa de morte e morbilidade na Europa e em Portugal. As DCV mais frequentes são as associadas à aterosclerose, sendo as duas causas mais comuns o AVC e o EAM. O AVC, com incidência superior em idades maiores que 60 anos, encontra-se associado a vários tipos de sequelas, sendo a primeira causa de morte em Portugal. Dados actuais sustentam um aumento do número de episódios de AVC em indivíduos adultos jovens, cuja incidência é significativa- 5 a 10% do total de casos. A incidência crescente em idades mais jovens deve-se a uma “mudança social”. Foi efectuado um estudo retrospectivo de todos os doentes, com idade entre os 18 e 55 anos, admitidos no CHCB com DCA entre 1 de Janeiro de 1990 e 31 de Dezembro de 2012. A pesquisa envolveu o tratamento de dados do Serviço de Estatística do Centro Hospitalar, assim como a consulta dos processos clínicos da população da amostra. Tanto o número total de DCA como o em adultos jovens aumentou no período em estudo. No período em estudo, foram admitidos 7603 doentes com diagnóstico de DCA, dos quais 442 (5,81%) tinham entre 18 e 55 anos. 41% dos casos (n=183) eram do sexo feminino e 59% (n=259) eram do sexo masculino. A média de idades foi de 48 anos, com a idade mais frequente a ser 55 anos. 87.7% dos doentes tinham mais de 40 anos de idade, sendo que antes desta idade é sobretudo o género feminino o prevalente. Foram pesquisados diagnósticos de acordo com o intervalo do CID-9 430:437. Em 227 casos (51.36%) houve o diagnóstico de AVC Isquémico, 73 (16,52%) tinham HIC, 63 (13,8%) AIT, 38 (9,05%) de DCA não especificada, 20 (3,85%) sem isquémia 11 (2,5%) HSA, 10 (2,26%) SAVB. Setenta e três por cento dos pacientes tinham pelo menos um factor de risco pesquisado, sendo que os mais prevalentes foram a HTA (40,7%) e dislipidémia (18,5%). Foram também pesquisados Tabagismo, Diabetes Mellitus, Alcoolismo e Obesidade. Casos de AVC isquémico e HIC têm a maior percentagem de factores pesquisados. De facto, pode-se afirmar que a HTA é causa de Hemorragia Intracerebral (OR= 0.70 CI 95 0.59-0.80) no estudo efectuado, única relação verificada. O alcoolismo foi marcante nos doentes com HSA, em igual percentagem à HTA. A HSA foi diagnóstico em indivíduos mais jovens, ao contrário do “AIT”, o diagnóstico em média mais tardio. Nas idades mais jovens os factores presentes verificados foram a Diabetes tipo II, Tabaco e Álcool. Em idades superiores verifica-se a tendência crescente de HTA e de dislipidémia, tal como referido na literatura. Apenas se verificou que, no caso dos homens, foi frequente a presença de alcoolismo e tabagismo em relação ao sexo feminino, que teve maior número de doentes obesos.
- Fatores que influenciam a escolha da via vaginal para a realização da histerectomia em patologia ginecológica benignaPublication . Félix, Ana Rita Castro; Moutinho, José Alberto Fonseca; Nunes, SaraIntrodução: A histerectomia é uma das cirurgias ginecológicas mais efetuadas no mundo. No entanto, apesar da histerectomia por via vaginal ser considerada a abordagem preferencial, a via de abordagem abdominal (laparotómica ou laparoscópica) continua a ser a praticada pela maioria dos médicos. A seleção dos critérios para a escolha da via vaginal continua controversa, mas com interesse cada vez mais atual. Objetivos: Com base na experiência de 6 anos do serviço de Obstetrícia e Ginecologia (SOG) do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), o objetivo do presente estudo foi encontrar fatores que condicionaram a escolha da via vaginal para a histerectomia por patologia ginecológica benigna e definir linhas de orientação para a sua escolha. Material e Métodos: Foram selecionadas todas as doentes submetidas a histerectomia por patologia ginecológica benigna entre 2008 e 2013. Foi elaborado um estudo transversal e retrospetivo com uma componente descritiva e analítica. Para o estudo foram consultados os processos clínicos das doentes para avaliação dos seguintes parâmetros: a idade e a presença de co morbilidades prévias à realização da cirurgia, hemoglobinémia e hematócrito pré-operatório, motivo da histerectomia, a via de abordagem cirúrgica, complicações cirúrgicas peri e pós-operatórias, e do estudo anátomo-patológico das peças operatórias, o volume do útero, a presença de Leiomiomas Uterinos bem como o seu número e localização e, por fim, a presença de patologia anexial. Resultados: De janeiro de 2008 a dezembro de 2013 foram efetuadas 841 histerectomias por patologia ginecológica benigna. Destas, apenas 777 foram incluídas no estudo, 59 foram excluídas por registos clínicos insuficientes e 5 excluídas por doença da coagulação. A via vaginal foi escolhida em 402 (51,7%) doentes e a via abdominal em 375 (48,3%). A média de idade das doentes incluídas no estudo foi de 53,67 anos. O principal motivo da histerectomia foi Leiomioma Uterino em 426 (54,8%) casos, seguido de Prolapso Urogenital em 206 (26,5%). O estudo anátomo-patológico das peças operatórias revelou presença de Leiomiomas em 537 (69,10%) doentes. As complicações cirúrgicas relacionadas com a histerectomia foram verificadas em 94 (12%) doentes, sendo a infeção pós-operatória a mais frequente em 30 (3,8%) casos. Em 5 (0,6%) casos houve necessidade de conversão da cirurgia vaginal para cirurgia abdominal. Há a registar 1 caso de morte intraoperatória por Choque Cardiogénico em doente submetida a histerectomia por via abdominal; 1 caso de TEP no pós-operatório em doente submetida a histerectomia vaginal; 13 reinternamentos dos quais 5 após histerectomia por via abdominal; 17 casos de transfusão de glóbulos vermelhos peri-operatórias sendo 9 em doentes submetidas a histerectomia por via abdominal. Metade das mulheres, 201 doentes, que foram submetidas a histerectomia por via vaginal não apresentavam Prolapso Urogenital. Na globalidade, os casos em que foi selecionada a via vaginal para a realização da histerectomia corresponderam aos grupos etários mais idosos (> 50 anos: 61,90%) e às doentes com útero de menor dimensão (apenas 13,8% das doentes tinham útero com mais de 350g, mas em 33,30% dos casos o maior mioma apresentava mais de 5 cm). Conclusões: A via de abordagem vaginal foi a via mais escolhida para a realização de histerectomia para patologia ginecológica benigna. A histerectomia vaginal foi a técnica de eleição escolhida para a correção do Prolapso Urogenital mas também para tratamentos de outras patologias ginecológicas, como o Leiomioma Uterino, em que se mostrou adequada mesmo na presença de úteros volumosos e Miomas de grandes dimensões, com baixa taxa de complicações sendo estas semelhantes nas duas vias de abordagem.
- Gravidezes não vigiadas e complicações neonatais durante o período 2011-2013 no CHCBPublication . Oliveira, Ana Isabel Fraga; Moutinho, José Alberto FonsecaIntrodução: A gravidez não vigiada é, ainda, uma constante e tem repercussões a nível neonatal de gravidade variada. Decorre daqui que a vigilância pré-natal seja imprescindível e de parti-cular importância, na medida em que permite a prevenção e a deteção precoce de malforma-ções e fatores de risco que possam influenciar o bom desenvolvimento da gestação. Face a um vasto panorama de co-morbilidades neonatais resultantes de lacunas ao nível da vigilância da gravidez, necessário se torna ter em conta fatores obstétricos, sociais e culturais. Os recém-nascidos fruto de gestações desta etiologia têm uma maior taxa de mortalidade e morbilidade, mormente a nível de patologias respiratórias, icterícia, distúrbios metabólicos e doenças neu-rológicas, face aos de gestações monitorizadas. Objetivo: Avaliar, com base no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do CHCB, o perfil da grá-vidas com gravidez considerada não vigiada, determinar as complicações obstétricas, as reper-cussões neonatais e durante o 1º ano de vida e o cumprimento das orientações técnicas e boas práticas clínicas da vigilância pré-natal. Metodologia: Estudaram-se, retrospetivamente, 92 grávidas com gravidez não vigiada que ti-veram o parto no CHCB num período de 3 anos, entre os anos de 2011 e 2013. Das grávidas com gravidez vigiada que tiveram o parto no CHCB nos mesmos anos, selecionaram-se aleatoria-mente 81 para grupo controlo. Procedeu-se a estudo comparativo entre os dois grupos. Resultados: As grávidas com gravidez não vigiada eram mais jovens, imigrantes, com menor formação académica, com tendência ao desemprego. Neste grupo de grávidas registou-se maior taxa de complicações obstétricas e de prematuridade. Os recém-nascidos apresentaram maior número de complicações à nascença e no primeiro ano de vida, tendo necessidade de recorrer mais frequentemente ao Serviço de Urgência de Pediatria. Conclusões: A gravidez não vigiada constitui um problema clínico a valorizar que acarreta con-sequências negativas para o desenrolar da gestação e repercussões ao nível da saúde do recém-nascido e da criança. Tal merece ser tido em atenção na prática clínica, tanto em termos médicos como pedagógicos.
- Inibidores das Janus Associated Kinases na Terapêutica FarmacológicaPublication . Santos, Daniela Filipa Monteiro dos; Morgado, Manuel Augusto Nunes Vicente PassosO presente Relatório tem por base as três vertentes experienciadas durante o meu Estágio Curricular inserido no plano de estudos do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas: Farmácia Hospitalar, Farmácia Comunitária e Investigação. O primeiro capítulo diz respeito à investigação desenvolvida no âmbito do trabalho sobre os inibidores das Janus Associated Kinases (JAK) na terapêutica farmacológica. Os inibidores das JAK são uma estratégia recente direcionada para o tratamento de diversas patologias como a artrite reumatoide, a psoríase, a alopecia areata e diversos tipos de cancro. Contudo, estes medicamentos estão associados a reações adversas graves, sendo subentendida a importância da monitorização farmacoterapêutica dos doentes submetidos a estes tratamentos. O objetivo do estudo foi efetuar uma revisão dos diferentes inibidores das JAK aprovados no mercado nacional e internacional, suas indicações terapêuticas e efeitos adversos, bem como as potenciais indicações em investigação dos inibidores das JAK já introduzidos no mercado farmacêutico. Foi ainda efetuada uma revisão dos principais inibidores das JAK que ainda se encontram em investigação clínica. Efetuou-se uma revisão bibliográfica do Resumo das Características do Medicamento (RCM) dos inibidores das JAK disponíveis no mercado farmacêutico bem como, uma pesquisa na base de dados eletrónica da PuBMed, recorrendo aos termos «JAK inhibitors», «Janus Associated Kinases inhibitors» e «Janus Kinases inhibitors», de artigos publicados desde janeiro de 2014 até janeiro de 2015, tendo sido incluídos 92 artigos na revisão efetuada. Foram também consultadas as bases de dados da European Medicines Agency (EMA) e da United States Food and Drug Administration (FDA) de forma a percecionar os inibidores das JAK autorizados na prática clínica. Atualmente, apenas o ruxolitinib, tofacitinib estão disponíveis no mercado farmacêutico, subsistindo ainda a aprovação do oclatinib enquanto medicamento de uso veterinário. Ambos os fármacos de uso humano apresentam efeitos adversos major ao nível hematológico e imunológico, facto que reforça a importância do papel do farmacêutico no acompanhamento dos doentes implicados nestes tratamentos. Porém, em estudos pré-clínicos e clínicos encontra-se inúmeras moléculas que tentam provar o seu potencial no tratamento de diversas patologias de natureza imune, inflamatória e oncológica. Assim, ainda é necessário aprofundar o conhecimento nesta área por forma a ultrapassar os riscos inerentes à terapia com estes agentes, riscos esses que, contrabalançados com os benefícios do seu uso clínico, têm comprometido o avanço de diversos inibidores das JAK com potencial demonstrado. O segundo e terceiro capítulo são referentes ao estágio em Farmácia Hospitalar, realizado nos Serviços Farmacêuticos da Unidade Hospitalar de Lamego e ao estágio em FarmáciaComunitária, decorrido na Farmácia Castro, no Peso da Régua. Ambos os capítulos remetem para a experiência vivida durante estes seis meses, transmitindo alguns dos conhecimentos e Comunitária, decorrido na Farmácia Castro, no Peso da Régua. Ambos os capítulos remetem para a experiência vivida durante estes seis meses, transmitindo alguns dos conhecimentos e competências adquiridas ao longo dos estágios, enriquecendo, desta forma, a minha formação académica.
- miR-9 and miR-29 in Alzheimer’s disease: assessment of a possible synergyPublication . Rodrigues, Joana Filipa Soares; Sousa, Fani Pereira deAlzheimer’s disease (AD) is rising as a problem with epidemic proportions. In the latest years, promising genetic therapy technology has evolved with focus on microRNAs (miRNAs) as therapeutic agents since they can be used as translation repressors or messenger RNA (mRNA) degrading agents. This property can be exploited and applied to regulate the expression of some target proteins. AD and its possible treatment with miRNA technology is in the spotlight. Several studies in the literature have reported the link between two miRNAs, the miR-9 and the miR-29, and two important proteins, namely Beta-site amyloid precursor protein cleaving enzyme 1 (BACE1) and Presenilin (PSEN), which are part of the amyloidogenic pathway. Since the amyloid-ß peptides (Aß) start to excessively accumulate, due to the increased activity of the previously mentioned proteins, the amyloid plaque is formed. Actually, at the moment this is identified as one of the main causes of the disease. Recently, our group has studied the translation repression of human BACE1 by nanoparticle-mediated delivery of recombinant pre-miR-29 into neuronal cells. Therefore, the main goal of this project was also studying the effect of pre-miR-9 in BACE1 and PSEN expression levels and to assess the possible synergy between both of the nucleic acids. Briefly, recombinant pre-miR-9 and pre-miR-29 were produced by Escherichia coli (E. coli) DH5a. Afterwards, the small RNA (sRNA) fraction was extracted by the guanidinium thiocyanate-phenol-chloroform RNA isolation protocol and purified by arginine affinity chromatography, using NaCl stepwise gradients. Both pre-miRNAs were purified by two distinct methods: a stepwise gradient with three steps and a stepwise gradient with two steps. Even though the stepwise gradient with three steps allowed the purification of both miRNAs, higher recovery was achieved when using the two stepwise gradients. The purified nucleic acids were then encapsulated into chitosan (CS) nanoparticles and used to transfect N2a695 cell lines. The efficacy of the translation inhibition of the BACE1 and PSEN mRNAs was assessed by quantitative real-time polymerase chain reaction (RT-qPCR) being demonstrated a decrease in BACE1 and PSEN mRNAs levels in the transfected cells whereas no significant difference in the control cells was observed. Mir-9 induced a greater BACE1 and PSEN mRNA inhibition than pre-miR-29, comparing to untreated control cells. In particular, BACE1 mRNA levels suffered a 42% of reduction after cells transfection with pre-miR-9 and 22% inhibition for pre-miR-29. For PSEN mRNA, it suffered 59% inhibition by pre-miR-9 and 14% inhibition by pre-miR-29. This study allowed the understanding of the effects of pre-miR-9 and pre-miR-29 on mRNAs and protein levels involved in the amyloidogenic pathway.