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Browsing Departamento de Letras by advisor "Carrilho, Ana Rita de Sousa Aguiar"
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- A Aplicação das Regras do Acordo Ortográfico no Léxico das Disciplinas de Ciências Exatas no 2º Ciclo do Ensino Secundário em AngolaPublication . Muassangue, Baptista; Osório, Paulo José Tente da Rocha Santos; Carrilho, Ana Rita de Sousa AguiarA presente dissertação, realizada no âmbito de Mestrado em Estudos Didáticos, Culturais, Linguísticos e Literários, pretende analisar a aplicabilidade das Regras do Acordo Ortográfico de 1990 no Léxico das disciplinas de Ciências Exatas do 2º ciclo no Ensino Secundário em Angola, particularmente das disciplinas de Física, Química, Matemática e Introdução à Economia. O principal motivo que nos levou a estudar este tema está relacionado com a problemática do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa, que tem sido palco de grande discussão em toda a esfera mundial dos países falantes da língua portuguesa, nomeadamente em Angola. Métodos explicativos, auxiliados por uma extensão de análise documental detalhada de manuais escolares, revisão literária e bibliográfica atinentes ao tema foram fatores determinantes para realização do nosso trabalho. Os principais resultados deste estudo revelaram que todos os manuais analisados acarretam alterações no léxico das disciplinas por forma a cumprirem o acordo ortográfico, em valores de número de páginas que variam entre 19% e 83%. O manual de Química de 10º ano, dada a especificidade de muitos termos da disciplina, apresenta o maior número de páginas que não cumprem o Acordo (159), e o manual de matemática, o menor número de páginas (37). Em todos os manuais, a manutenção da terminologia é uma constante, destacando-se, desta forma, a exequibilidade da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 às disciplinas do 2º ciclo do ensino secundário, em Angola.
- A concordância de número no sintagma nominal: uma análise das produções orais de falantes angolanosPublication . Lumessi, Rosa Cassinda; Carrilho, Ana Rita de Sousa Aguiar; Undolo, Márcio Edu da SilvaO sintagma nominal no português angolano apresenta algumas variantes com marcas explícitas de plural -s e outras com variante zero -0. Neste sentido, a presente dissertação analisa a concordância de número no SN nas produções orais de falantes angolanos, sob a perspetiva da teoria Sociolinguística Variacionista desenvolvida por William Labov (1972), segundo a qual a língua é heterogénea, defendendo que ela não pode ser estudada isoladamente, mas, sim, tendo em conta as relações entre as estruturas linguísticas, aspetos sociais e culturais no seu uso real, sendo marcada por alterações. Desta forma, foram recolhidos dados sociolinguísticos e um corpus, constituídos a partir de entrevistas a 33 informantes a fim de investigar e analisar variáveis linguísticas e extralinguísticas que condicionam a presença/ausência das marcas formais de plural nos constituintes do SN. A escolha dos informantes foi motivada pelo facto de serem também falantes de uma língua autóctone, sendo que tinham idades compreendidas entre os 12 e os 24 anos.
- Conhecimento das Diferenças Sintáticas Entre a Língua Portuguesa e a Língua KimbunduPublication . Manuel, Mateus Jacinto Marques; Osório, Paulo José Tente da Rocha Santos; Carrilho, Ana Rita de Sousa AguiarA presente investigação, realizada no âmbito do curso de Mestrado em Estudos Didáticos, Culturais, Linguísticos e Literários, descreve as caraterísticas sintáticas do Português e do Kimbundu em Angola, a fim de se colocar à disposição da comunidade académica e social de Angola um trabalho que contribua para a elaboração de políticas linguísticas com base em pesquisas empíricas. As metodologias qualitativa e quantitativa fizeram com que se observasse que, em matéria sintática, o Português e o Kimbundu são línguas afins na ordem básica dos constituintes, que é o SVO e diferentes nas propriedades de representação do sujeito e do objeto direto, na regência dos verbos dinâmicos e volitivos e na marcação da posteridade.
- Escolher espanhol como língua estrangeira (LE)Publication . Costa, Catarina Correia da; Carrilho, Ana Rita de Sousa AguiarA música é um meio de transmissão de cultura e está presente na vida do ser humano desde sempre. Na sua origem indicava somente algo belo e expressava sentimentos, mas com o passar do tempo adquiriu um caráter lúdico, revelando-se um poderoso instrumento didático. Na antiguidade clássica, os gregos ensinavam aos jovens a importância da música na motivação e aprendizagem de outros conteúdos. A utilização da música na aprendizagem da gramática, da pronúncia e do vocabulário nas línguas estrangeiras remonta ao século XX, isso aproximava o estudante à cultura do idioma que estava a estudar, além de ser um material autêntico, a investigação já comprovou o seu valor como ferramenta motivacional para a aprendizagem de qualquer língua. O primeiro objetivo da aprendizagem de uma nova língua é poder comunicar de forma efetiva nessa mesma. A música está, atualmente, muito presente nas aulas das línguas estrangeiras e existem inúmeras atividades que permitem explorá-la para o desenvolvimento das mais diversas competências, potenciando a aquisição de uma língua estrangeira.
- A Estrutura da Frase no Português Europeu e BrasileiroPublication . Suelela, David Jorge Lopes; Osório, Paulo José Tente da Rocha Santos; Carrilho, Ana Rita de Sousa AguiarAs línguas naturais caraterizam-se por serem dinâmicas e aparentemente estáveis. Além da mudança e estabilidade, apresentam-se como sistemas historicamente recursivos. A língua portuguesa não ficou paralisada no histórico século XIII e não se apresenta, em nenhuma fase e local da sua realização, como um sistema homogéneo, pois a sintaxe escrita do português europeu contém aspetos comuns e diferentes da sintaxe escrita do português brasileiro. O recurso a propostas teóricas e metodológicas seguras, como o funcionalismo europeu, a gramática diferencial e a linguística de corpus, tornou possível a elaboração de uma dissertação de natureza funcional cujo foco de abordagem consistiu, exclusivamente, em descrever e explicar os fenómenos atestados nos jornais Público e O Globo a partir de estruturas sintáticas equivalentes. Trata-se, portanto, de uma proposta de gramática de funções e não de uma gramática que se ocupa do que se deveria dizer em Portugal e no Brasil. Com efeito, o português europeu diferencia-se do português brasileiro nos mecanismos de indeterminação do sujeito, nas estruturas perifrásticas formadas com o verbo auxiliar aspetual estar, na sintaxe posicional dos clíticos e nos padrões posicionais dos constituintes nas frases interrogativas totais e parciais. A articulação metodológica estudo sintático sincrónico vs. estudo sintático diacrónico permitiu verificar, por exemplo, que o ele acusativo e o lhe dativo e acusativo do português brasileiro também tinham estes valores sintáticos no português medieval e clássico.
- Fonética na aula de PLEPublication . Chen, Leilei; Carrilho, Ana Rita de Sousa AguiarVários estudos mostraram que, no que diz respeito à fonética, os falantes nativos de chinês têm dificuldade em perceber e produzir, sobretudo, quatro grupos de consoantes: consoantes bilabiais; consoantes velares; consoantes líquidas e consoantes linguodentais (Flege 1995; Yang 2014; Diana 2016; Qiaoni 2018; Adrinao 2020). Contudo, embora existam vários estudos na área da fonética que apontam para este fenómeno, a investigação desenvolvida até ao presente carece de soluções para esta dificuldade. No presente trabalho, analisa-se o impacto da referida limitação de duas maneiras distintas: partindo do contexto de aulas de fonética portuguesa no grau de aperfeiçoamento dos estudantes chineses, comparando-o com o contexto de aulas de fonética portuguesa em universidades da China e de Portugal. A comparação final da competência dos estudantes foi realizada através da aplicação de testes de perceção e produção a 24 estudantes chineses. Os testes foram aplicados em dois momentos distintos, com um intervalo de três meses entre eles. A amostra foi constituída por três grupos, com idades compreendidas entre os 20 e os 24 anos, com um nível de língua portuguesa entre B1 e B2. Dois dos grupos receberam cursos de fonética na China ou em Portugal e o terceiro grupo era um grupo de controlo. Este último grupo não recebeu cursos de fonética, mas que vivia em Portugal na época do estudo, servindo como referência para a influência do ambiente linguístico na fonética. Neste trabalho, investiga-se o estudo da fonética portuguesa com os objetivos de: 1) compreender o efeito de ter ou não ter aulas de fonética nos estudantes chineses no mesmo ambiente linguístico, e 2) comparar o desempenho dos alunos quem tiveram aulas de fonética na China ou em Portugal. Éimportante ressalvar que o contexto de pandemia limitou o desenvolvimento do trabalho de investigação, pelo que os resultados só poderão ser usados como referência. Os dados obtidos mostram que há muitos estudantes que, apesar de viverem em Portugal, têm pouco contacto com a língua portuguesa, a não ser no contexto de aulas, para efetuar compras e viajar. Os resultados também apontam para o facto de as aulas de fonética em universidades portuguesas ajudarem os estudantes chineses a melhorar o seu desempenho em português, preenchendo as lacunas dos seus conhecimentos na China, resultando numa melhoria da sua capacidade de perceção e, consequentemente, pronúncia, mas isto varia de pessoa para pessoa. Por último, no presente trabalho de investigação, observa-se que as aulas de fonética nas universidades chinesas são direcionadas para os estudantes com dificuldades, para que os mesmos possam melhorar mais rapidamente. No entanto, os estudantes em contexto chinês não demonstram um desempenho tão elevado como os que estudam em Portugal e revelam, ainda, ter dificuldade na perceção e produção das consoantes alvo de observação.
- Uma “mirada” sobre a relevância de estratégias de aprendizagem afetivas no Ensino de Espanhol Língua EstrangeiraPublication . Gaspar, Mónica Alexandra Simões; Carrilho, Ana Rita de Sousa AguiarO processo de ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira pode sempre representar uma mais-valia quando verdadeiramente valorizado, de diferentes formas, pelos seus intervenientes, sempre com a intenção de o agilizar. Parte dele fazem muitas vezes as estratégias de aprendizagem afetivas, que merecem uma “mirada” atenta e de especial consideração. As estratégias de aprendizagem sempre que utilizadas com o intuito de combater dificuldades e encorajar neste processo, que traça um caminho complexo, podem revelar-se realmente úteis, transformando-o em saber, sabedoria e conhecimento das capacidades do próprio aprendente. Com o passar do tempo, as estratégias de aprendizagem afetivas foram ganhando cada vez mais relevância por se reconhecer que a sua aplicação contribui, em muito, para o desenvolvimento da competência existencial dos aprendentes, concorrendo para uma aprendizagem igualmente motivadora e positiva. Com o intuito de aferir melhor o impacto que estas poderão causar, no presente trabalho são definidos alguns conceitos de destaque, é abordada a sua evolução e complexidade, qual é o papel de alguns intervenientes e o uso e desenvolvimento das estratégias de aprendizagem afetivas. A fim de verificar se estas últimas marcam verdadeiramente a diferença e se constituem um contributo para um processo de ensino/aprendizagem enriquecedor e muito positivo, foi realizado um trabalho de pesquisa em consonância com a prática pedagógica.
- Representações da cultura espanhola em manuais de ELE: uma análise de dois manuais de 7º e 11º anosPublication . Madaleno, Bruna Fernanda Costa; Carrilho, Ana Rita de Sousa AguiarO manual escolar, ao longo da sua história, tem reunido várias funções que se conservaram até ao presente. Contudo, o livro didático tem sido, nos últimos anos, bastante questionado, debatendo-se, hodiernamente, o espaço e a importância que este tem, ou deveria ter, no processo de ensino/aprendizagem. No que concerne às disciplinas em que se leciona uma língua estrangeira, o manual escolar é, efetivamente, uma ferramenta didática de que professores e alunos dispõem e utilizam. À luz de tudo isto, revela-se pertinente realizar uma reflexão sobre o seu potencial. Na presente dissertação discorrer-se-á sobre o manual escolar, observando a existência de uma componente essencial e intrínseca à aprendizagem de línguas estrangeiras, ou seja, a cultura. Tal significa que será associada ao compêndio escolar a componente cultural, aferindo a sua presença nesta ferramenta didática e, por conseguinte, perceber em que medida este contribui para a aquisição de conhecimentos concernentes à cultura espanhola. Todavia, para que o manual escolar e a componente cultural possam estabelecer uma relação de complementaridade, é imprescindível compreender, primeiramente, em que consiste competência cultural e intercultural e qual é a presença destas competências no processo de ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras. Seguir-se-á a exposição de uma breve história do manual escolar e do papel que este assume na sala de aula. A compreensão destas matérias é elementar para a realização fidedigna de uma análise qualitativa da presença de conteúdos culturais em dois manuais escolares de espanhol LE que o presente trabalho tem como objetivo estudar.
- O Uso dos Pronomes Pessoais Retos e OblíquosPublication . Arsénio, Domingos Pedro; Carrilho, Ana Rita de Sousa Aguiar; Osório, Paulo José Tente da Rocha SantosEste trabalho tem como objetivo dar um contributo para a compreensão das normas que regulam o uso dos pronomes pessoais, retos e oblíquos, pelos alunos da 9ª Classe do Complexo Escolar Samora Moisés Machel, em Ndalatando. A pesquisa realizada indica que as dificuldades dos alunos residem, principalmente, no desconhecimento dos pronomes e das regras de colocação impostas pela gramática tradicional do português europeu, uma situação motivada pelas interferências do kimbundu, língua materna dos progenitores e que desarticula os princípios do padrão linguístico do português europeu, adotado pelo Estado angolano como língua de ensino e de todas as relações institucionais. Estas situações decorrem de vários fatores e estes, por sua vez, constituem os indicadores menos favoráveis para o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa na referida instituição. Os desvios que ocorrem na língua não são benéficos, tendo em conta os desafios que a sociedade impõe, uma vez que não se acredita que o aluno na 9ª Classe não tenha domínio das regras da língua que utiliza como instrumento de comunicação e de aprendizagem. Assim, em termos de estrutura, o trabalho contém uma introdução, três capítulos e uma conclusão. A introdução apresenta o tema, a questão de investigação, os objetivos, a hipótese e a metodologia. O primeiro capítulo centra-se, principalmente, na revisão da literatura que dá as informações sobre os pronomes, tipo de pronomes e como se classificam, fazendo uma incursão nas obras dos autores que tratam deste assunto, de forma detalhada, bem como as várias formas de colocação dos mesmos no português europeu, as funções que exercem na frase, as formas especiais dos clíticos, em situação de próclise, ênclise e mesóclise aquando do seu uso. O segundo capítulo faz uma abordagem sobre os fatores associados aos desvios no uso dos pronomes retos e oblíquos, provindo do contacto entre o português e o kimbundu. Faz, também, uma breve resenha da apresentação dos pronomes retos e oblíquos em kimbundu, como são designados e, consequentemente, apresenta a estrutura sintática do kimbundu, com várias frases que justificam o emprego dos pronomes. Faz, ainda, uma descrição da localização geográfica do Cuanza Norte, seus municípios e suas respetivas línguas nativas, bem como alguns relatos da origem do kimbundu e a maneira coerciva que a população era submetida a aprender o português, resultando numa amálgama com as línguas nativas dos falantes. O terceiro capítulo, para além de tratar dos aspetos metodológicos (população, amostra, caraterização da instituição em que foi realizada a pesquisa), também apresenta a análise dos resultados, de modo a afirmar ou infirmar a hipótese e, finalmente, apresenta-se a conclusão do trabalho.
- Variação do imperativo na forma indicativa e conjuntivaPublication . Silva, António Kingui da; Osório, Paulo José Tente da Rocha Santos; Carrilho, Ana Rita de Sousa AguiarO presente trabalho tem como objetivo fazer um estudo sociolinguístico no que diz respeito a variação do imperativo na forma indicativa e conjuntiva nos enunciados de provas produzidas por professores angolanos, caso da Escola de Formação de Professores Ferraz Bomboco, da província do Huambo. Pretendemos, deste modo, delinear os comportamentos das formas de tratamento que desencadeiam o modo imperativo, tendo em linha de conta pesquisas que abordam a variação do imperativo associado ao conjuntivo e indicativo, na terminologia adotada por Scherre et alii. (1996-2007), no português brasileiro. Neste âmbito, a nossa hipótese é de que o modo imperativo na forma conjuntiva é mais presente em textos escritos de natureza não-dialógica, no caso dos enunciados de provas, por se tratar de textos monitorados dirigidos a alunos com uma idade considerável, contexto em que se dita o tratamento formal. Para prosseguir com a pesquisa, tivemos em consideração a corrente da Sociolinguística Laboviana (Labov, 1972), como um suporte metodológico, segundo Silva e Osório (2008), e como um aporte teórico para outros, no sentido de observar e compreender melhor o funcionamento da língua através dos fatores linguísticos e extralinguísticos que poderiam influenciar a variação do imperativo na forma indicativa e conjuntiva. Como ferramenta metodológica utilizamos o programa estatístico Goldvarb-X, com o escopo de nos auxiliar na análise quantitativa dos dados da amostra. Os resultados observados nesse trabalho de fim de curso mostram que o modo imperativo na forma conjuntiva apresenta-se de forma significativa com maior ocorrência nos enunciados de provas de língua portuguesa e empreendedorismo.