FCSH - DS | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento
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Browsing FCSH - DS | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento by advisor "Augusto, Amélia Maria Cavaca"
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- Bio-Medicalização da infância: a perturbação de hiperatividade e défice de atenção - PHDAPublication . Sardinha, Ana Valentina Marques; Augusto, Amélia Maria CavacaA Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) é, hoje, a perturbação neuro-comportamental mais frequente em crianças em idade escolar, cujos sintomas são a desatenção, impulsividade e hiperatividade. A presente investigação propõe uma reflexão sociológica acerca do processo de medicalização e do tratamento medicamentoso desta perturbação, bem como dos efeitos psicossociais resultantes da definição e gestão médicas desta condição. A sua etiologia é primariamente aceite como uma condição biológica, fazendo com que fatores sociais, culturais, éticos e políticos permaneçam como papel secundário. Pretende-se discutir e investigar como este tema é abordado pelos media e como estes influenciam e contribuem para a construção social da hiperatividade, no contexto português. Igualmente, esta investigação visa analisar criticamente o aumento do número de crianças diagnosticadas e tratadas medicamente com PHDA, explorando-se os processos de medicalização, biomedicalização e psiquiatrização da infância. Faz-se uma distinção entre as fronteiras do “normal” e do “patológico”. Nesta investigação foram realizadas dez entrevistas a mães de crianças diagnosticadas com PHDA e duas entrevistas a profissionais médicos (pediatra e pedopsiquiatra). A partir das entrevistas realizadas a mães procura-se compreender a perspetiva que possuem da doença e todo o seu processo envolvente. Convoca-se ainda a contribuição do discurso médico sobre a PHDA, resultante não apenas da revisão bibliográfica, mas também através das entrevistas realizadas aos especialistas.
- Centro de dia: Do processo de admissão à análise da intervençãoPublication . Jerónimo, Ana Alexandre Moreira Mesquita Castanheira; Augusto, Amélia Maria CavacaA presente investigação teve como objetivos: Analisar os critérios de admissão nos centros e de dia e discutir em que medida resultam de orientações das políticas; Compreender de que forma é operacionalizado o conceito de envelhecimento ativo na resposta social-centro de dia; Perceber em que medida a atuação e o posicionamento dos técnicos e diretores face aos idosos é guiada por estereótipos e perceções sociais associadas ao envelhecimento e à velhice. Atendendo a estes objetivos a metodologia escolhida foi de tipo interpretativo ou compreensivo, fazendo-se também uso de dados quantitativos, como por exemplo dados estatísticos, os quais contribuem para a caracterização do fenómeno em análise. Constituem amostra 8 centros de dia do concelho da Guarda, tendo-se realizado entrevistas às diretoras técnicas desses centros de dia e procedido à análise de documentos da Segurança Social e da ficha de admissão dos idosos. A admissão de idosos é da responsabilidade das diretoras técnicas dos centros de dia, mas a mesma nem sempre se rege pelos mesmos critérios, sendo em boa parte moldada pela sua interpretação das orientações da Segurança Social. Cremos que a clarificação dos critérios de admissão e o balizamento de funções da resposta social devia ser feito de forma mais rigorosa, tal poderia auxiliar as técnicas na realização da avaliação do processo de admissão, e contribuiria para reduzir ou eliminar as desigualdades no acesso. Embora as diretoras técnicas se distanciem dos estereótipos associados à velhice, na tentativa de explicar a sua existência, não deixam de ser feitas considerações que equacionam alguns aspetos da velhice com a infância. É assumido que os centros de dia se orientam por um modelo de envelhecimento ativo, no entanto, a identificação de alguns aspetos como o controlo de atividades, a pouca participação dos idosos na definição das atividades e mesmo um certo equacionar do envelhecimento ativo com a autonomia e a independência dos idosos parecem questionar os pressupostos de tal modelo.
- Cuidadores Formais e InformaisPublication . Coutinho, Maria do Céu Sousa; Augusto, Amélia Maria CavacaEsta investigação tem por tema cuidadores formais e informais “olhares sobre idosos com demência” o objetivo deste estudo é compreender a experiência dos cuidadores formais e informais de idosos dementes, os aspetos subjetivos, mas também as condicionantes mais estruturais que constroem e condicionam essa experiência. Recensear as estratégias que utilizam estes cuidadores, mas também as dificuldades que experimentam no cuidado quotidiano a estes idosos. Perceber se existem respostas sociais de apoio para cuidadores, se estão em funcionamento, se são mobilizadas pelos cuidadores, e a sua importância na minimização do impacto causado pela demência nos cuidadores. Neste sentido este trabalho insere-se numa investigação qualitativa. Primeiramente procedeu-se a uma revisão bibliográfica alusiva ao tema, seguido de uma descrição da metodologia. Assim foram entrevistados um grupo de participantes, constituído por 6 cuidadores formais são auxiliares da ação direta que desempenham suas funções em dois Centros de dia do conselho da Guarda, duas diretoras técnicas de cada um dos centros de dia. E 5 cuidadores informais que são familiares dos idosos com demência que estão nestes dois centros de dia. No que concerne às principais conclusões do nosso estudo foi nos percetível a necessidade que existe em os cuidadores de idosos terem mais formação e conhecimentos na área da demência. No que respeita aos cuidadores informais também verificou-se a necessidade de terem mais informação e conhecimento sobre a patologia do seu familiar e os modos de a gerir. Seria fundamental personalizar os apoios aos cuidadores consoantes as suas circunstâncias e contextos de vida, no sentido do que o próprio percebe como qualidade dos cuidados e qualidade de vida.
- Cuidados paliativos: percepções e práticas dos profissionais de saúde do serviço de medicina paliativa do FundãoPublication . Taveira, Vera Luísa Barros; Augusto, Amélia Maria CavacaO aumento da esperança média de vida, resultante dos avanços da medicina e da melhoria das condições de vida das populações, trouxe consigo o aumento de doenças crónicas, sendo algumas delas profundamente incapacitantes numa fase terminal. Gradualmente foi sendo exigido, a todos os níveis, respostas para esta nova realidade – às políticas sociais, aos hospitais e aos profissionais de saúde. Surgiram, assim, os cuidados paliativos, que estão orientados por objectivos muito particulares. A medicina paliativa privilegia uma abordagem holística, de cuidados totais, centrada não só no doente terminal como também na sua própria família. Esses cuidados devem ser prestados por uma vasta equipa de profissionais com formação específica em cuidados paliativos, possibilitando desta forma a estes doentes o cuidado e a qualidade de vida que merecem. O foco da presente investigação incide, sobretudo, nestes profissionais de saúde e na formação que adquiriram a nível académico e readquiriram em cuidados paliativos. O presente trabalho sobre os profissionais de saúde da equipa de cuidados paliativos (mais concretamente, os médicos e enfermeiros) do Serviço de Medicina Paliativa do Hospital do Fundão. Nesta investigação foram realizadas 9 entrevistas: uma à médica/directora do serviço, uma ao fundador do serviço, e sete aos enfermeiros do serviço. Este serviço foi seleccionado a nível nacional, não só pelo fácil acesso geográfico, mas também por ser o serviço pioneiro de cuidados paliativos em Portugal, que remonta ao ano de 1992. Embora a temática da presente investigação se centre nos cuidados paliativos, a análise situa-se, mais precisamente, no modo como a socialização/formação académica destes profissionais de saúde os dotou (ou não) de competências e em que medida se encontra direccionada para a área dos cuidados paliativos, incorporando os valores e os princípios subjacentes a este tipo de cuidados.
- Da (des)confiança ao sufrágio: Como vota o carioca?Publication . Junior, Sergio Marchiori; Augusto, Nuno Miguel Cavaca; Augusto, Amélia Maria CavacaA Nova República, iniciada em 1985, é marcada como um período em que o Brasil, o Estado do Rio de Janeiro e, em particular, o município do Rio de Janeiro, têm enfrentado significativos casos de corrupção e uma queda nos índices de confiança interpessoal, política e nas instituições públicas. Essas constatações são embasadas em dados obtidos a partir de importantes pesquisas sobre valores e confiança, como o World Values Survey (WVS) e o Latinobarómetro. Em 2020, o Rio de Janeiro, em suas eleições municipais possuía 33 partidos políticos registados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a disputa desse pleito, tendo sido oficializadas 14 candidaturas à Prefeitura e 1758 candidaturas à Câmara dos Vereadores, respectivamente, para 1 vaga de prefeito e 51 vagas de vereadores. Neste cenário de tantas opções, esta investigação visa compreender o comportamento eleitoral, em especial, a decisão do voto do eleitor carioca e os determinantes deste voto ao cargo de prefeito do Rio de Janeiro em 2020. Neste sentido, procedemos uma revisão da literatura com particular enfoque nos sistemas de valores sociais, nas teorias da decisão do voto e na organização social e política brasileira. Em seguida, nosso estudo adotou uma abordagem de métodos mistos por meio do modelo adaptado de Newman e Sheth (1985) para analisar as influências dos índices de confiança do eleitor carioca nas eleições primárias municipais de 2020, quantificar os domínios cognitivos que mais influenciaram a decisão do voto do eleitor pela pesquisa aplicada ao próprio eleitorado, assim como compreender as influências de contexto, na perceção dos candidatos à prefeitura do município do Rio de Janeiro em 2020. A pesquisa contou com a participação de 492 eleitores cariocas e 10 candidatos. No que diz respeito aos principais resultados, os índices de confiança não influenciaram a decisão do voto do eleitor carioca. As questões relacionadas aos domínios cognitivos: eventos pessoais, questões epistemológicas, eventos atuais, dimensão emocional, questões políticas, imagem do candidato e imaginário social, nesta ordem, são as que mais influenciaram a decisão do voto do eleitor carioca. Na óptica dos candidatos em 2020, as principais influências de contexto surgem da própria legislação eleitoral vigente.
- Decrescimento e cuidado nas iniciativas locais alternativasPublication . Rojão, Graça Maria Rogeiro Pinto; Venâncio, José Carlos Gaspar; Nascimento, André Barata; Augusto, Amélia Maria CavacaEsta Tese analisa as iniciativas locais alternativas de Portugal continental à luz de duas matrizes emancipatórias: o decrescimento e a perspetiva feminista do cuidado, que em comum partilham a preocupação com a manutenção da sustentabilidade da vida no planeta, em condições de justiça social. O decrescimento critica o crescimento económico definido como objetivo social prioritário, estimula a repolitização do debate e a reincrustação do económico no social e no político. A visão feminista do cuidado amplia as noções de economia, de trabalho e de reprodução social, numa aceção que parte do reconhecimento da interdependência entre seres humanos e da sua ecodependência face à restante natureza. As iniciativas locais alternativas criam novas formas de organização coletiva, constituindo um campo de experimentação que enraíza estes movimentos e estabelece pontes entre utopia e prática. Partimos de uma leitura destas experiências locais cruzando-as com as propostas feministas de cuidado, que desafiam as relações de género e de produção prevalecentes e com as preocupações ecológicas do decrescimento. Nesta Tese mapeamos iniciativas locais alternativas em Portugal continental e caracterizamos este campo; identificamos as suas conceções de decrescimento e de cuidado; procedemos a um recenseamento crítico das práticas vinculadas a estas duas noções; identificamos os referenciais de transformação social que guiam as iniciativas, com base no seu posicionamento face ao capitalismo; e, por fim, sistematizamos as aprendizagens críticas que as iniciativas identificam, a partir das suas experiências. Concluímos que os processos de transformação social que integram as noções de decrescimento e de cuidado, veem o seu potencial emancipatório reforçado pela centralidade que concedem à criação de condições de sustentabilidade da vida. Ainda que o potencial destas experiências possa ser incerto ou limitado, elas abrem brechas de esperança face aos cenários muito prováveis de colapso, que ensombram o nosso horizonte.
- A desconstrução do contexto histórico-social sobre a deficiênciaPublication . Dantas, Joselli da Silva; Augusto, Amélia Maria CavacaO objetivo é abordar algumas questões relativas à construção social da experiência da deficiência, a partir de uma abordagem dos campos dos estudos sobre a deficiência, e análises de narrativas de pessoas com deficiência física, incluível da própria autora com a minha autoetnografia. Foram abordados os temas deficiência adquirida e congénita, relações sociais, relação com o corpo e desafios do cotidiano, neste sentido buscou compreender como esses temas se articulam na manifestação da deficiência como fenômeno social. Utilizou-se, para a pesquisa de campo procedimentos qualitativos e diálogos com os sujeitos da pesquisa, próprios do método de recolha de história de vida e autoetnografia. Neste estudo conclui-se que a deficiência, enquanto fenómeno social, é construtora de inúmeras vulnerabilidades, que através da experiência da pessoa com deficiência ficaram evidentes. Assim, ao adquirir uma deficiência, condição esta através da qual se experimenta a situação de rutura de vida, perdas ou interrupção de atividades da vida cotidiana em decorrência a restrição física, sensoriais e sociais, transparecendo a capacidade de transformação do sujeito aos seus próprios limites corporais. A deficiência, inesperada, é a demostração de que a subjetividade não é aquele lugar estável. A história de vida de cada participante e a autoetnografia da pesquisadora, podem contribuir para aprimorar as políticas sociais que estão estabelecidas, e realçar a importância dos indivíduos como cidadão de direitos, e não só de deveres, a fim de minimizar a potencial situação de exclusão social em que vivem as pessoas com deficiência.
- E agora?: o desemprego de longa duração como gerador de incerteza e condicionador do bem-estarPublication . Dias, André Daniel Ferreira; Augusto, Amélia Maria CavacaA presente investigação procura contribuir para a compreensão dos modos como uma situação de desemprego impacta nas perceções de bem-estar dos desempregados, bem como para a análise das estratégias e alternativas que se constroem na procura de soluções para a situação que vivenciam. Apesar do desemprego ser um problema social e uma situação estrutural que não está imediatamente ao seu alcance resolver, o modo como o experienciam pessoalmente é resultado não apenas desses contextos mais amplos, mas também de aspetos individuais e caraterísticas pessoais que é importante convocar para a análise do fenómeno. Partindo da centralidade que o emprego representa na vida das sociedades e na estruturação da vida dos indivíduos, bem como do adverso cenário socioeconómico atual, procura-se, a partir da análise de entrevistas realizadas a desempregados de longa duração, interpretar os modos como percecionam e constroem significados em torno da sua situação, nomeadamente no que respeita aos impactos nas suas perceções de saúde e bem-estar e nos seus relacionamentos sociais. Ainda no âmbito dos impactos e das repercussões percebidas relativamente à situação de desemprego de longa duração, analisa-se os efeitos da mesma ao nível da biografia, da autoidentidade e da autoestima dos entrevistados.
- Exclusões sociais na doença mental: o caso da esquizofrenia e da depressãoPublication . Oliveira, Joel Fernando Pinheiro; Augusto, Amélia Maria CavacaA doença mental é, frequentemente, citada como a doença do século XXI, podendo mesmo, num futuro próximo, tornar-se num caso de saúde pública. Deste modo, a justificação para pertinência deste estudo recai sobre o «possível» aumento, anunciado pela comunicação social e por estudos científicos já realizados, da maior incidência de perturbações mentais nas sociedades actuais desenvolvidas e, consequentemente, uma maior disseminação do risco e da vulnerabilidade à exclusão social. Todavia, este trabalho não recai sobre as causas sociais da doença mental, centra-se, sobretudo, na doença mental enquanto factor de vulnerabilidade à exclusão social, procurando identificar e compreender as desvantagens que podem ocorrer quando um indivíduo possui um diagnóstico de depressão ou de esquizofrenia. No actual contexto social e político, pode-se referir que, por um lado, em Portugal o processo de desinstitucionalização da doença mental está ainda em curso e de forma lenta. Por outro lado e em simultâneo, o processo de reestruturação dos cuidados de saúde mental, está, ainda, muito aquém das necessidades existentes. Deste modo, as vulnerabilidades à exclusão social de um indivíduo com uma doença mental, mais concretamente com depressão e/ou esquizofrenia, variam conforme a gravidade da doença e o trajecto que esta possa implicar na relação entre os quatro pilares fundamentais da sociedade: o Estado, o trabalho, a comunidade e a família. A abordagem que se pretende atribuir visa um enquadramento biopsicossocial, através de uma perspectiva multidimensional, mas enfatizando uma posição sociológica perante o problema social em causa. Este estudo realiza-se através de uma metodologia qualitativa e/ou compreensiva, pelo facto de o seu principal objectivo ser a compreensão deste fenómeno social e/ou a relação entre os dois fenómenos sociais, exclusão social e a doença mental. O contexto sob investigação foi o português, mais concretamente em Portugal continental, nas regiões mais representativas em termos estatísticos (Norte Litoral, Centro Interior e Litoral e Vale do Tejo), quer ao nível das instituições que prestam serviço de saúde mental, como também ao nível das patologias seleccionadas. Desta forma, foram realizadas entrevistas a profissionais de saúde (psiquiatras e clínicos gerais) e outros (técnicos de serviço social) e a utentes com um diagnóstico de esquizofrenia e/ou depressão.
- As experiências subjetivas de ser pai/mãe de crianças autistas enquanto cuidadores informaisPublication . Fernandes, Joana Raquel Ochoa; Augusto, Amélia Maria CavacaO Autismo é uma doença do foro neurológico que afeta o funcionamento do cérebro, criando problemas relacionados com sentimentos, pensamentos, linguagem e dificuldade de interação social. É uma doença difícil de diagnosticar e para a qual ainda não existe cura. Por vezes, os investigadores focam-se nos doentes em si acabando por esquecer a família e quem os rodeia. Por esse motivo achei importante tentar compreender as experiências subjetivas dos pais de crianças autistas enquanto cuidadores informais. Num sentido diferente do que foi avançado por investigações quer analisaram o estigma associado a certas doenças, os autistas não sentem o estigma nem o rótulo, porém as suas famílias sim. Sobre elas recaí o peso de viver com uma criança “diferente”, evitando assim frequentar sítios público e reformular as suas rotinas. Os apoios existentes não são muitos, e nem todos têm o mesmo acesso a eles. Financeiramente, a Segurança Social dispõe de alguns subsídios a que os pais se podem candidatar. A nível educacional, existem escolas com Unidades de Ensino Estruturado (UEE), contudo, esta oferta não existe em todas as escolas nem em todos os distritos. A nível terapêutico existe um conjunto de serviços, mas, de novo, nem todos têm as mesmas probabilidades de beneficiar deles, pois há crianças que não fazem as terapias adequadas à sua condição por elas não existirem na sua zona de residência. Por fim, existem ainda associações de apoio para crianças autistas, mas estas não se encontram próximas das localidades de residência dos entrevistados. A desigualdade no acesso a serviços e recursos é também um aspeto que marca a experiência destes(as) pais/mães, sendo que a maioria não tem condições económicas para procurar respostas alternativas. A nível de apoio para os próprios pais estes não o procuram por acharem desnecessário, sendo a família o principal pilar de apoio, quando necessitam. Não se relacionam com pais em situações semelhantes devido à falta de confiança e vivem isolados socialmente. Viver com uma criança autista interferiu no plano de ter mais filhos, com o receio que o próximo fosse igualmente autista, ou com receio da reação das pessoas, pela experiência que já tinham vivido com o filho. A cura da doença seria o melhor que poderia acontecer aos pais das crianças afirmando que melhoraria não só a vida dos seus filhos, mas também a deles.
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